Apesar de Bolsonaro, Brasil é país com menor rejeição à vacina na América Latina

De acordo com matéria publicada pela BBC News Brasil, os dados indicam que as repetidas declarações do presidente Jair Bolsonaro que lançam dúvidas sobre a segurança e a eficácia da imunização não encontraram aderência na população brasileira, mesmo entre seus apoiadores.

Foto: Altemar Alcântara/Semcom/Manaus

Mesmo que Bolsonaro seja o único presidente do G-20 a não se vacinar, o negacionismo nos países vizinhos é ainda maior. Segundo pesquisa feita em parceria pelo Banco Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o país com o menor percentual de população que declara não querer tomar a vacina contra covid-19 na América Latina.

Os dados da segunda fase do levantamento, realizado a partir de ligações telefônicas periódicas a domicílios de 24 países da América Latina, foram apresentados nesta segunda-feira (29/11) em Washington.

Segundo o estudo, enquanto a taxa média de hesitação vacinal na América Latina está em torno de 8%, no Brasil, ela é menos do que a metade, cerca de 3%. De outro lado, enquanto na média, 51% dos latino-americanos já estão imunizados contra a covid-19, no Brasil, o percentual ultrapassa os 80%.

De acordo com matéria publicada pela BBC News Brasil, os dados indicam que as repetidas declarações do presidente Jair Bolsonaro que lançam dúvidas sobre a segurança e a eficácia da imunização não encontraram aderência na população brasileira, mesmo entre seus apoiadores.

Gráfico produzido pelo Banco Mundial sobre status vacinal nos em cada país latino
No gráfico, em inglês, produzido pelo Banco Mundial, a barra em azul representa o percentual de população vacinada em cada país, em amarelo, a taxa de quem ainda não tomou as duas doses, mas pretende se imunizar, e, em vermelho, a de quem recusa vacina

A BBC News Brasil lembra que Bolsonaro já afirmou, sem qualquer evidência científica, que quem tomasse vacina da Pfizer poderia “virar jacaré”, associou o imunizante a desenvolvimento da AIDS e sugeriu que a Coronavac, produzida pelo Butantan em parceria com a China, causava “morte, invalidez, anomalia”.

Fonte: BBC News Brasil