Luciana Santos rechaça Bolsonaro: foi golpe; história não será reescrita

A dirigente do PCdoB — partido que teve dezenas de militantes assassinados, presos e torturados pelo regime — destacou ainda: “Foi golpe sim! Teve morte, perseguição e tortura sim! E, por tudo isso, dizemos: Ditadura nunca mais! Valorizamos a democracia e vamos vencer o negacionismo. Fora Bolsonaro !”

(Foto: Hélia Scheppa)

A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, repudiou, pelas redes sociais nesta sexta-feira (19), a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de transformar o golpe de 1964 em “revolução” no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Luciana colocou: “Bolsonaro pediu que o golpe de 1964 fosse tratado como ‘revolução’ nas questões do Enem. Não se pode reescrever a História”.

A dirigente do PCdoB — partido que teve dezenas de militantes assassinados, presos e torturados pelo regime — destacou ainda: “Foi golpe sim! Teve morte, perseguição e tortura sim! E, por tudo isso, dizemos: Ditadura nunca mais! Valorizamos a democracia e vamos vencer o negacionismo. Fora Bolsonaro !”.

Conforme noticiado, Bolsonaro teria pedido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que o exame tivesse questões que tratassem o golpe como revolução. No início da semana, o presidente havia dito que o Enem começava a ter “a cara do governo”.

Interferências desse tipo são uma forma típica de governantes autoritários tentarem manipular a história em favor de uma visão de mundo descolada da realidade, para atender seus anseios ideológicos.

Assédio moral e pressão para alterar o conteúdo das provas motivaram o pedido de exoneração feito por 35 servidores do Inep, órgão do MEC (Ministério da Educação) responsável pelo Enem, dias antes do exame, que acontece nos dias 21 e 28 deste mês.

Fonte: Portal do PCdoB