CPI celebra visão de auxiliares de Aras sobre fartas provas no relatório

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz que os senadores da CPI da Covid ficaram felizes com a visão dos auxiliares que atuam diretamente como o procurador-geral da República, Augusto Aras, e não vê problemas com a discordância sobre as conclusões do trabalho

Senadores entregam relatório a Ana Arraes (Foto: Divulgação)

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diz que os senadores do colegiado estão felizes com o primeiro parecer do gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, segundo o qual o relatório do colegiado tem “abundância de provas” colhidas ao longo de seis meses de trabalho.  

Nesta quinta-feira (28), após entregar cópia do relatório a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diz que os senadores ficaram felizes com a visão dos auxiliares que atuam diretamente como o procurador-geral e não vê problemas com a discordância sobre as conclusões do trabalho.

“A gente fica feliz com a primeira parte: a abundância de provas. Bom, só tem que fazer o serviço. Se eles não concordam como as nossas conclusões não precisa se ater as nossas conclusões. Se o Ministério Público, o responsável pela aplicação da lei, diz que tem abundância e provas dos crimes, bom a acusação segue”, comemorou Randolfe em entrevista ao lado presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) e do relator Renan Calheiros (MDB-AL).

“Estamos acompanhando de muito perto o andamento das denúncias e indiciamentos que o relatório apontou. Não iremos descansar enquanto as vozes do povo brasileiro, contidas nesse documento, não tragam justiça às tantas vidas que perdemos!”, disse Randolfe.

Os senadores foram recebidos no TCU pela ministra e o vice-presidente, ministro Bruno Dantas. “O TCU tem de avançar nas investigações, uma delas é sobre os hospitais do Rio de Janeiro onde existe indícios fortíssimos de má conduta e precisa ser investigado. Como se trata de verbas federais não tem um órgão mais apropriado do que o TCU. Então há esse compromisso da presidente do TCU que vai dar continuidade a investigação”, explicou Omar Aziz.

De acordo com o relator, a conversa com a Ana Arraes foi boa. “No fatiamento (do relatório) muitas providências foram ofertadas ao TCU para continuidade das investigações. Por exemplo, essa decisão da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS ) nós recorremos da decisão”, disse o relator, para quem uma nova deliberação deve ser feita levando em conta os aspecto técnicos e de isenção. Ele também questionou a ausência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na reunião.

No último encontro, a Conitec votou o relatório que desaconselha a prescrição de medicamentos do chamado tratamento precoce contra Covid-19, ou seja, sem eficácia cientifica comprovada. O placar ficou empatado em 6 a 6.

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