Sobre nova fake news, relator da CPI chama Bolsonaro de “serial killer”

Renan Calheiros disse que o presidente tem “compulsão pela morte” e continua repetindo tudo que fez anteriormente contra a vacina

Relator Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), chamou Bolsonaro nesta terça-feira (26) de “serial killer” ao comentar as últimas declarações do presidente que associou vacina contra a Covid-19 a Aids. De acordo com ele, o presidente tem “compulsão pela morte” e continua repetindo tudo que fez anteriormente contra a vacina.

Renan disse que o relatório da CPI esclarece para a sociedade a responsabilidade de muita gente pelas mais de 600 mil pessoas mortas pela doença no país. Mas destacou que a principal delas é de Bolsonaro.

“Essa responsabilidade é de muita gente, mas a principal é desse presidente da República. Desse serial killer que tem compulsão de morte e continua a repetir tudo que fez anteriormente. Agora, com a declaração de que a vacina pode proporcionar Aids. Ele demonstra que não tem respeito nenhum pela vida dos brasileiros e nem sela pela saúde pública”, criticou o relator.

O relator disse que as declarações de Bolsonaro não são apenas fake news. “É mais do que uma simples mentira, isso é terrorismo de Estado. A Justiça precisa frear essa loucura”, afirmou.

Quebra de sigilo

Antes da votação do relatório, a CPI aprovou requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente do colegiado, solicitando a quebra de sigilo telemático das redes sociais de Bolsonaro.

Além disso, o documento pede a suspensão de acesso aos seus perfis e um pedido de retratação do presidente por declarações em live que ele associa a vacina contra a covid-19 ao desenvolvimento do vírus da Aids.

Outro encaminhamento foi feito ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que inclua a propagação da notícia falsa no inquérito das fake news.

 O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e o senador Eduardo Braga (MDB-AM) também vão encaminhar recomendação para que o Congresso Nacional se posicione sobre o tema. “Presidência é uma instituição, não é um cargo de boteco. [ Como o ] presidente que se reporta ao povo brasileiro baseado em estudo que não tem cabimento nenhum, quando estamos implorando para a população se vacinar?”, criticou Aziz.

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