Manuela d’Ávila: golpismo de Bolsonaro não deve ser tratado como blefe

Segundo a jornalista e ex-deputada pelo PCdoB, agora, quando a Constituição de 1988 completa 33 anos, lutamos para garantir que seja respeitada.

No dia em que o Brasil celebra os 33 anos da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988, a jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila, rememorou a luta pela redemocratização e falou sobre a necessidade de defender tais conquistas ainda hoje, contra os intentos golpistas de Bolsonaro e seus apoiadores.

“Em 5 de outubro de 1988, era promulgada a Constituição que tornou-se o principal símbolo do processo de redemocratização nacional. Após 21 anos de ditadura militar, as brasileiras e brasileiros recebiam uma Constituição que ia retomar as eleições diretas, assegurar a liberdade de pensamento, ampliar liberdades civis e garantias individuais, acabar com a censura à imprensa, garantir o direito dos analfabetos ao voto, estabelecer mais direitos trabalhistas e reformar o sistema tributário”, lembrou Manuela pelas redes sociais nesta terça-feira (5).

Agora, 33 anos depois, disse Manuela, “lutamos para garantir que a Constituição seja respeitada, que os direitos do povo sejam preservados e a democracia siga em pé. As ameaças golpistas do governo Bolsonaro não devem ser tratadas como blefe. Sigamos resistindo, para nunca retroceder!”.

Lembrando o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, Ulysses Guimarães, Manuela colocou: “Traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”.

Frente ampla contra Bolsonaro

Em outra postagem feita nesta segunda-feira (4), Manuela falou sobre a luta pela democracia e pelo Fora Bolsonaro e a importância da união de forças políticas e sociais para concretizar a derrota do presidente. “O 2 de outubro mobilizou milhares de pessoas por todo país e ao redor do mundo. Foi um grito de indignação e, mais do que isso, esperança de que dias melhores estão por vir. Juntas e juntos podemos derrubar Bolsonaro”.

Manuela destacou que “não podemos caminhar apenas com os que caminhamos antes ou com quem caminharemos depois, em 2022. Agora é hora de pôr fim à esse governo de desemprego, fome e morte. A luta continua! Seguimos”.