Polícia investiga autoria de atentado contra consulado da China no Rio

Atentado foi gravado pelas câmeras de segurança do consulado e ocorre em meio a manifestações hostis do bolsonarismo contra a China.

Imagem do autor do atentado ao consulado da China, pouco antes de jogar a bomba.

A Polícia Civil está à procura do homem que jogou uma bomba contra a sede do consulado da China no Rio de Janeiro. O atentado ocorreu na noite de quinta-feira (16) e foi gravado por câmeras de segurança do consulado.

O homem, vestindo abrigo esportivo escuro, usando máscara e boné pretos, vem caminhando pela calçada em frente a representação diplomática, que fica no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade. Rapidamente, ele acende o artefato e o lança sobre o muro. Em seguida, ele sai correndo e a bomba explode.

O atentado inédito ocorre em meio `à dominância do fundamentalismo bolsonarista, que ataca a China, sistematicamente, por motivos ideológicos, tornando hostis as relações entre os países que são fortes parceiros comerciais. Os ataques são estimulados por autoridades do governo Bolsonaro, que se propagam pela base nas redes sociais.

Ontem, mesmo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), foi atacado nas redes sociais pela base bolsonarista por ter afirmado, em entrevista, que a China não é um regime comunista “clássico”.  “Carlos França tirou um pouco da belicosidade. E uma coisa tem que ficar clara: a partir da morte de Mao Tse-tung, a China deixou de ser um centro irradiador do comunismo. Com a extinção da União Soviética, esse movimento se extinguiu”, disse.

“A ocorrência está a cargo da 10ª DP (Botafogo). Exames periciais foram realizados pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e pelo Esquadrão Antibomba. Agentes requisitaram e analisam imagens de câmeras de monitoramento que registraram a ação para identificar o autor. Testemunhas estão sendo ouvidas. As investigações estão em andamento”, informou, em nota, a Polícia Civil.

Com informações das agências de notícias.

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