Pequenos negócios geram 72% dos empregos de julho

Setor de serviços foi o que teve maior expansão entre micro e pequenas

O comércio popular durante a pandemia afetou a geração de empregos Tânia Rêgo /Agência Brasil

Do saldo total de 316.580 novas contratações feitas em julho, pouco mais de 72%, o que dá 229.368 empregos formais, foram gerados por micro e pequenas empresas. Os dados são do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), atualizadas mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Entre as médias e grandes empresas, o saldo de empregos gerados em julho foi de 73.694 vagas, o que representa 23,3% do total. No mesmo período, a administração pública realizou 712 contratações (0,22%).

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, ressalta que esse resultado comprova uma tendência que já havia sido verificada na última Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada mensalmente pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). “O aumento da vacinação e a redução dos casos de Covid-19 já mostram os seus efeitos e a tendência é que esse setor continue tendo um bom desempenho nos próximos meses e abrindo novos postos de trabalho”, explica Melles.

No acumulado de 2021, os dados do novo Caged mostram que foram criados no Brasil mais de 1,8 milhão de postos de trabalhos formais. As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 1,3 milhão (70%) dessas vagas, enquanto as médias e grandes empresas geraram pouco mais de 413 mil (22%). Para se ter uma ideia, em 2020, o saldo formal na geração de empregos foi negativo para os pequenos negócios, com o fechamento de 679 mil vagas. 

O Sebrae considera como microempresa aquela que tem até 9 empregados, no caso dos setores agropecuário, de comércio e serviços. Na indústria, as micro empresas são aquelas com até 19 empregados. Já as pequenas empresas são aquelas que possuem entre 20 e 99 empregados, no caso do setor industrial; ou de 10 a 49 empregados, no caso dos setores de agropecuária, comércio e serviços.    

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Serviços se recuperam

O setor de serviços, que foi um dos mais atingidos pela pandemia de covid-19, tem mostrado sinais de recuperação e foi o segmento que mais realizou novas contratações em julho.

De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, das mais de 229 mil novas vagas criadas pelas micro e pequenas empresas nesse período, 94,2 mil foram do setor de serviços, o que corresponde a 42% dos novos postos de trabalho criados pelos pequenos negócios.

Além do segmento de serviços, todos os outros setores da economia entre micro e pequenas empresas apresentaram resultados positivos na criação de emprego. O comércio foi responsável por 65,8 mil novos postos de trabalho, seguido pela indústria da transformação (36,5 mil), construção civil (26,2 mil) e agropecuária (4 mil). 

Além do segmento de Serviços, todos os outros setores apresentaram resultados positivos na criação de emprego. O Comércio foi responsável por 65,8 mil novos postos de trabalho, seguido pela Indústria da Transformação (36,5 mil), Construção Civil (26,2 mil) e Agropecuária (4 mil). Quando somados todos os setores de atuação das micro e pequenas empresas, chega-se a um saldo de 229,4 mil admissões, ou seja, aproximadamente 70% das 316,6 mil vagas criadas no país no mês de julho. Desse total, as médias e grandes empresas abriram apenas 73,7 mil vagas.

“Há mais de um ano, mensalmente, as micro e pequenas empresas apresentam um resultado positivo nas contratações no Brasil. Elas são o motor da nossa economia e o caminho da retomada do crescimento”, ressalta Melles. No acumulado de 2021, os dados do novo Caged mostram que já foram criados no Brasil mais de 1,8 milhão de postos de trabalhos formais, sendo que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 1,3 milhão.

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