Declarações de Guedes apontam desconexão com realidade dos brasileiros

Deputados condenam afirmações do ministro da Economia sobre novo aumento na tarifa de energia e afirmam que a população não aguenta mais ser penalizada pela crise econômica

Bolsonaro e Guedes quebraram o país (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Deputados do PCdoB reagiram às declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o aumento da energia elétrica. Nesta quinta-feira (26), numa audiência no Senado, Guedes afirmou que “não adianta ficar sentado chorando”. Um dia antes, na Câmara, o ministro relacionou o aumento da energia, que tem pressionado a inflação, à escassez das chuvas e afirmou: “Qual que é o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”. A declaração foi dada durante o lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

Para o líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), a população já está cansada de ser penalizada pela crise econômica e afirmou que as declarações de Guedes são intoleráveis.

“É absurdo que o ministro da Economia considere normal esses sucessivos aumentos. Na quarta, ele havia indagado “qual é o problema” de a energia ficar “um pouco mais cara”. Isso mostra total desconexão do governo com as famílias brasileiras cada vez mais empobrecidas. O povo está cansado de ser penalizado pela crise econômica. É intolerável que o ministro da Economia admita que a taxa extra na conta de luz aumentará e ainda faça piada com isso. Os brasileiros têm de lutar para combater esse governo ineficiente”, destacou.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) também criticou as declarações do ministro e pontuou que Guedes representa um projeto político onde só cabem 20 ou 30% dos brasileiros. “Paulo Guedes é uma caricatura! Se Bolsonaro tivesse alguma autoridade, o demitiria ainda hoje. Como pode o ministro de um país com inflação galopante, desemprego explosivo, contas descontroladas e à beira de um apagão, dizer que não há problema em energia mais cara? Cara de pau! Ele representa um projeto político em que só cabem 20% ou 30% dos brasileiros. Para Paulo Guedes, a fome é um efeito colateral “chato” da busca do lucro máximo.”