Ministro da Educação é processado por capacitismo contra estudantes

Após Milton Ribeiro declarar que crianças com deficiência atrapalham a educação das outras, o deputado Orlando Silva entrou na justiça contra o ministro da Educação, e lançou campanha contra o capacitismo.

Ministro da Educação expressa capacitismo abertamente na imprensa. O preconceito sobre as capacidades de pessoas com deficiência é fortemente combatido pelos movimentos, entidades sociais e influenciadores nas redes sociais.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-DF) anunciou que entrou na justiça contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. A justificativa são as “absurdas e preconceituosas” declarações sobre crianças com deficiência. As declarações foram dadas às vésperas das Paralimpíadas de Tóquio, o único e maior evento do mundo que revela as capacidades extraordinárias de pessoas com deficiências.

O ministro da Educação causou furor nas redes sociais ao afirmar que a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais “atrapalha” a aprendizagem dos demais estudantes. Crianças e jovens com deficiências, pais e educadores lotaram as timelines com depoimentos indignados.

“Inclusivismo, que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava o aprendizado dos outros porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para poder dar a ela atenção especial”,  disse Milton Ribeiro em entrevista ao programa Sem Censura, exibido pela Tv Brasil. 

As crianças e pais que já sofrem com o preconceito social agora têm que lidar com esse tipo de manifestação do governo que deveria protegê-las. O deputado considera as declarações “desrespeitosas e cruéis” com as crianças e pais e promoveu uma campanha contra o capacitismo. O capacitismo é definido por um preconceito ou discriminação por parte de alguém que duvide, ou desmereça, a capacidade de pessoas em razão da sua deficiência. 

O deputado ainda divulgou vídeo em que um protesto de estudantes contra o ministro foi reprimida com violência pela polícia.

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