Lula derrotaria Bolsonaro “de goleada” no 2º turno: 58% x 25%

Presidente tropeça na imensa rejeição ao seu nome. Segundo a pesquisa Ipsos, 59% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltaria ao Planalto se a disputa à sucessão do presidente Jair Bolsonaro ocorresse hoje. De acordo com pesquisa Ipsos divulgada nesta terça-feira (6), a vitória de Lula sobre Bolsonaro, num eventual segundo turno, seria “de goleada”: 58% a 25%.

O levantamento, feito a 15 meses das eleições presidenciais de 2022, aponta que 13% votariam em branco ou anulariam o voto, enquanto 4% não sabem ou não responderam. Curiosamente, a pesquisa foi contratada pelo DEM, partido que mais fez oposição ao governo Lula (2003-2010).

Em outros cenários de segundo turno, Lula também venceria candidatos que tentam se consolidar como “terceira via” – e os resultados seriam igualmente expressivos: 57% a 20% diante do ex-juiz Sergio Moro, 57% a 14% no embate com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), 60% a 12% contra o também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e 60% a 9% ante o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Já Bolsonaro venceria Mandetta (29% a 24%) e Tasso (31% a 20%), mas perderia para Moro (29% a 27%) e Ciro (30% a 29%). Nestes dois últimos casos, porém, a vantagem bolsonarista é apenas numérica, mas não técnica. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Bolsonaro está em empate técnico com Ciro e Moro.

O presidente tropeça na imensa rejeição ao seu nome. Segundo a pesquisa Ipsos, 59% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro. O veto aos demais candidatos é menor: tanto Moro quanto Mandetta têm 47% de rejeição, contra 45% de Ciro. Mesmo o governador paulista João Doria (PSDB), o segundo mais rejeitado, com 54% de veto, não chega ao péssimo patamar de Bolsonaro.

Já no primeiro turno, as intenções de voto estão em 48% para Lula e 22% para Bolsonaro. Na sequência, aparecem Moro (5%), Ciro (4%) e Doria (2%). O instituto Ipsos ouviu 1.500 pessoas, de todas as regiões do Brasil, de maio e junho.

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