Governo peruano rejeita pedido de Fujimori por auditoria internacional

O ministro da Justiça, Eduardo Vega, explicou em carta enviada a Keiko Fujimori que legalmente o governo não pode intervir enquanto o júri eleitoral do país analisa denúncias de supostas irregularidades.

A candidata derrotada Keiko Fujimori a Presidência do Peru

O governo do Peru rejeitou na noite dessa sexta-feira (2) um pedido da candidata presidencial Keiko Fujimori de buscar uma auditoria internacional da eleição de 6 de junho, deixando-a com poucos recursos para derrubar a aparente liderança de seu rival Pedro Castillo.

O fujimorismo alega uma suposta fraude nas eleições, mas observadores da OEA, dos Estados Unidos e da União Europeia disseram que as eleições foram limpas e apoiaram o trabalho da ONPE e do Júri Nacional Eleitoral (JNE).

O ministro da Justiça, Eduardo Vega, explicou em carta enviada a Fujimori – conservadora e filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori – que legalmente o governo não pode intervir enquanto o júri eleitoral do país analisa suas denúncias de supostas irregularidades.

Fujimori alegou fraude, embora não tenha fornecido provas públicas disso, e buscou uma recontagem das cédulas, bem como uma intervenção internacional.

Aliados da candidata afirmam que têm a esperança de concretizar a auditoria através da OEA. No entanto, fontes diplomáticas informam que os autorizados para pedir isso à OEA são “o Poder Executivo do Peru ou o JNE, não um grupo de cidadãos”.

A apuração do órgão eleitoral (ONPE), que alcançou 100% há duas semanas, deu a Castillo 50,12% dos votos contra 49,87% para Fujimori, superando-a por 44.000 votos.

O Peru vive uma tensão permanente há três semanas porque ainda falta ao JNE terminar de revisar as impugnações de milhares de votos apresentadas por Fujimori antes de proclamar o vencedor.

Das agências internacionais

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