Banco Central prevê inflação de 5,8%, acima da meta para 2021

O BC também vê um pico de inflação no mês de agosto, com o IPCA atingindo variação de 8,5% em 12 meses.

Inflação penaliza famílias | Fotos: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

No relatório de inflação do segundo trimestre de 2021, o Banco Central avaliou que a possibilidade de crise hídrica pressiona a inflação e deve limitar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país).

O BC elevou de 3,6% para 4,6% a projeção de crescimento do PIB, mas elencou a crise hídrica como um dos fatores que impedem um crescimento econômico mais robusto.

Outro fator que pode impedir a alta da atividade econômica é o risco de disseminação de novas variantes do novo coronavírus, ocasionando um novo recrudescimento da pandemia, destacou o Banco Central.

A autoridade monetária também citou a dificuldade para obtenção de insumos e custos elevados em algumas cadeias produtivas.

A crise hídrica, que deve causar elevação nos custos da energia, também pressiona a inflação. De acordo com o Banco Central, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode fechar o ano em 5,8%. No relatório de inflação anterior, a projeção estava em 5%.

O BC também vê um pico de inflação no mês de agosto, com o IPCA atingindo variação de 8,5% em 12 meses.

Caso a estimativa de inflação para 2021 se confirme, a inflação encerrará o ano acima do teto da meta do governo. A meta de inflação é 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (ou seja, a inflação deveria ficar 2,25% a 5,25%).

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