Senadores vão recorrer ao STF e TCU contra privatização da Eletrobras

Por causa de mudanças no texto no Senado, a medida provisória (MP), que permitiu a venda da estatal, volta à Câmara e terá que ser votada pelo Congresso até a próxima terça-feira (22) sob pena de perder a validade

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O líder da minoria no Senado, Jean Paul (PT-RN), disse que a luta contra a privatização da Eletrobras não se encerrou com aprovação da medida provisória (MP) pelo Senado nesta quinta-feira (17). “A decisão ainda é reversível, seja na Justiça, seja na implementação das medidas ou mesmo nas urnas”, afirmou o senador. Por causa de mudanças no texto, a medida volta à Câmara e terá que ser votada pelo Congresso até a próxima terça-feira (22) sob pena de perder a validade.

“Junto com outras lideranças, iremos entrar com um processo de judicialização para barrar mais esse crime de Bolsonaro à soberania nacional”, anunciou o líder que considerou a aprovação da MP “um dia triste para o Brasil”. De acordo com ele, o Senado preferiu aceitar essa proposta indigesta que irá aumentar a conta de luz e trazer prejuízos ao meio ambiente.”

“É atentatório perder o controle da Eletrobras, e para conseguir isso o governo criou cartórios, subsídios e artificialismos a um preço caríssimo, que será pago na conta de luz de todos nós”, completou.

O líder da minoria diz que as ações serão feitas no Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Contas da União (TCU). “Vamos acionar o TCU e o STF contra as manobras e os prejuízos da privatização da Eletrobras. Nossa mobilização continua firme para garantir que a conta de luz dos brasileiros não aumente e impedir a transferência do nosso patrimônio para as mãos de alguns poucos”, afirmou.

Jean Paul também destacou o papel dos trabalhadores nessa luta. “Ontem, batalhando em plenário pela Eletrobras, me inspirei e fortaleci em todos os companheiros eletricitários, urbanitarios e demais que orgulham o Brasil. Lutamos com todas as forças! Perdermos por três votos! Permaneçamos mobilizados e resistentes. Vamos reverter esse absurdo!”, disse.

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