Maranhão é o estado mais próximo de controlar a pandemia, diz estudo

Realidade maranhense é exceção no Brasil, onde, após cinco meses, a campanha de vacinação contra a Covid-19 segue em ritmo lento e com falhas logísticas

Graças ao bem-sucedido combate do governo Flávio Dino (PCdoB-MA) à pandemia de Covid-19, o Maranhão é o estado brasileiro mais próximo de controlar as taxas de transmissão do novo coronavírus. É o que aponta um estudo do grupo de pesquisa Ação Covid-19, coordenado economista e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) José Paulo Guedes Pinto.

“Isso é notável”, afirma o pesquisador ao jornal Valor Econômico. “Mostra o peso de medidas de isolamento mais rigorosas e constantes, além da importância de um programa robusto de auxílio financeiro local, inclusive ampliado para pequenos empresários.”

Segundo José Paulo, porém, a realidade maranhense é uma exceção no Brasil, onde, após cinco meses, a campanha de vacinação contra a Covid-19 segue em ritmo muito lento e com diversas falhas logísticas. Em dez estados e no Distrito Federal, 45% ou mais dos moradores têm de ser vacinados para frear com estabilidade o número de casos da doença. Para nove outros estados, a meta é superior a 30%.

Porém, uma vez que apenas pouco mais de 10% da população recebe duas doses da vacina – conforme o consórcio de veículos de imprensa –, é preciso vacinar, pelo menos, três a quatro vezes e meia mais pessoas para deter minimamente a propagação do coronavírus.

O caso do Maranhão surpreende porque, com o bom trabalho do governo Dino, o controle da pandemia depende menos do avanço da vacinação. A demanda mínima de vacinas no estado passou de 21,4% em abril para 22,4% em maio. “Ainda que tenha a terceira menor cobertura vacinal do país, inferior a 8% da população”, o Maranhão é o estado que menos precisa imunizar devido, entre outras coisas, a seus índices de isolamento social.

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