Ministro Ricardo Salles é alvo de operação da PF que investiga corrupção

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará

(Foto: Reprodução)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é alvo da Operação Akuanduba, que investiga crimes contra a administração pública como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. O STF ordenou, ainda, o afastamento preventivo de dez agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente.

Também foi determinada a suspensão imediata da aplicação de um despacho de fevereiro de 2020, que permitiu a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorizações para esse fim. A decisão contrariou atos normativos e pareceres técnicos do Ibama.

Busca e apreensão

O ministro Alexandre de Moraes ordenou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e na própria sede do ministério.

Alexandre também determinou o afastamento do presidente do Ibama, Eduardo Bim, e suspendeu um despacho assinado por ele em fevereiro de 2020, que trata da autorização de exportação de madeiras.

O ministro determinou ainda a quebra de sigilos bancário e fiscal de Ricardo Salles e de servidores do Ibama.

Segundo a Polícia Federal, o objeto da investigação são supostos crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas em janeiro, a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.

Fonte: Congresso Em Foco e Conjur