Líder do PCdoB diz que Bolsonaro “propagou o caos” ao sabotar vacina

Na avaliação de Renildo Calheiros, muitas vidas poderiam ter sido preservadas se a postura do governo em relação ao enfrentamento da pandemia tivesse sido outra

Renildo Calheiros, líder do PCdoB | Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), afirmou que Jair Bolsonaro “propagou o caos” no Brasil, sabotando o programa de vacinação contra a Covid-19. Em sua conta no Twitter, ele ressaltou que somente na última quarta-feira (12) o Brasil registrou 2.545 mortes por Covid em 24 horas, ultrapassando a marca de 428 mil mortos.

“Pfizer afirma que Governo Federal recusou oferta de insumos. Butantan anuncia que produção da Coronavac está paralisada por falta de matéria-prima. Bolsonaro conseguiu, propagou o caos”, escreveu na rede social.

Na avaliação do parlamentar, muitas vidas poderiam ter sido preservadas se a postura do governo em relação ao enfrentamento da pandemia tivesse sido outra.

“As primeiras reuniões de tratativa da vacina da Pfizer com o Brasil, sobre a oferta de vacina, começaram em maio de 2020. Passado um ano das primeiras negociações, os números de mortos no Brasil seguem subindo”, observou Renildo Calheiros, comentando o depoimento do gerente-geral da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo, na CPI da Covid.

Em depoimento aos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito, o executivo declarou que o diálogo entre a Pfizer e o governo federal por vacinas começou ainda em maio de 2020 e, em agosto foram feitas duas ofertas, uma de 30 milhões de doses e outra de 70 milhões de doses a serem entregues em 2020 e 2021. Na ocasião, no entanto, as negociações não avançaram.

Calheiros lembrou que o representante da farmacêutica foi taxativo em sua fala: “’Todas as nossas ofertas foram formalizadas, destinadas ao Ministério da Saúde’, disse Carlos Murillo”. “TODAS, VÁRIAS, no plural, e mesmo assim o governo Bolsonaro conseguiu recusar as doses. #CPIdaCovid”, diz em postagem no Twitter.

Fonte: Hora do Povo