Centrais sindicais se unem contra o governo genocida da pandemia

Com o lema “Pela Vida, Democracia, Emprego, Vacina para todos e pelo Auxílio Emergencial de R$ 600, enquanto durar a pandemia”, ocorreu o terceiro 1º de Maio unitário e o segundo consecutivo em formato virtual, por causa da pandemia que já matou mais de 400 mil brasileiros e brasileiras.

Presidentes das centrais sindicais se uniram no palco da TVT para celebrar o 1o. de maio e a luta dos trabalhadores

Neste 1º de Maio Unificado da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB todas as falas lamentaram as mortes em consequência da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, criticaram a má-gestão ou falta de gestão do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), a quem responsabilizaram pelas vidas perdidas, exigiram mais emprego e renda, vacina para todos e todas e o impeachment de Bolsonaro.

Adilson Araújo, da CTB, lembrou que a situação econômica do país já não andava bem antes da pandemia, com aumento da informalidade, do desalento e da fome.

“Falta ambição por parte do governo em fazer uma política justa de valorização do trabalho e do trabalhador. Por vacina, pelo auxílio de 600 e geração de emprego e renda. Por um Brasil mais humano e menos desigual”, afirmou Araújo.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou que derrotar Bolsonaro é a bandeira que une todas as centrais sindicais.

“É muito importante que o movimento sindical brasileiro, dê exemplo, mostre para o Brasil e para o mundo que, principalmente diante da tragédia da pandemia e de um governo federal autoritário e genocida, nós superamos problemas, deixamos de lado as nossas diferenças, para defender a vida, a democracia, empregos, vacina, auxílio emergencial de R$ 600”, discursou.

“Não há tarefa mais importante à classe trabalhadora do que derrotar Bolsonaro, porque temos de fazer o Brasil retomar o caminho da democracia, do crescimento, do emprego de qualidade, dos direitos, das liberdades. Essa é uma pauta comum ao movimento sindical”.

Já Miguel Torres, da Força Sindical, lembrou que as centrais e os sindicatos sempre estiveram ao lado dos trabalhadores e da democracia.

“O movimento sindical é relevante e demonstrou isso nesta pandemia. Foi o movimento sindical que propôs e convenceu o Congresso Nacional da importância de ter um auxílio emergencial de R$ 600, enquanto o governo queria dar só R$ 200”, disse citando outros benefícios como o Pronampe, de crédito apara as pequenas empresas.

O representante da Intersindical, Índio Carneiro, citou o caos, o desemprego e as mortes por Covid 19, a carestia e fome como responsabilidade de Bolsonaro.

“Ele sabotou a ciência, o isolamento social, e aumentou o desemprego e a miséria e ao cortar o valor do auxílio emergencial aprofundou a crise econômica a quebradeira de pequenas empresas”, criticou o dirigente.

Antonio Neto, presidente da CSB, afirmou que as 400 mil mortes poderiam ser evitadas se Bolsonaro seguisse o que dizem os cientistas. Neto defendeu a vacina, o auxílio decente e suporte econômico para as empresas. Ele ainda é criticou a política neoliberal desastrosa pediu que os ricos paguem mais impostos e, pelo ‘fora, Bolsonaro’.

“É chegada a hora do basta. Queremos vacina no braço, comida no prato e ‘fora, Bolsonaro’”, disse o presidente da CSB.

Já o presidente da UGT, Ricardo Patah, condenou a grave crise sanitária, a falta de emprego e as ameaças à democracia, o racismo estrutural no país, a violência contra as mulheres e a falta de proteção aos trabalhadores de aplicativos e elogiou a unidade sindical.

“Temos de dar um grito de unidade. Viva o 1° de Maio. Viva os Trabalhadores”, disse.

A sabotagem contra a imunização da população por Bolsonaro, contra o SUS, o aumento do desemprego e a crise econômica e sanitária foram citadas por Ubiraci Dantas, o Bira, presidente da CGTB.

“A política neoliberal de Bolsonaro entrega as estatais, destrói o SUS e o meio ambiente para encher bolso de banqueiros. Bolsonaro na sua sanha entreguista, reduz o auxílio e aumenta a forme e a miséria“, criticou Bira.

O mesmo tom de crítica ao governo Bolsonaro esteve na fala de José Reginaldo Inácio, da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Para o dirigente, quem comanda o país sabota medidas de segurança, descumpre normas sanitárias e ainda debocha do povo com condutas desprezíveis.

“Temos a pior condução de combate da pandemia no mundo. O presidente nega a ciência, a saúde e põe em risco a vida da população”, afirmou.

Dezenove entidades sindicais internacionais, como FSM, CSI e CSA, e nacionais, como a CNBB, enviaram mensagens.

A transmissão do 1º de Maio Unificado foi no estúdio da TVT, com mediação da cantora Ellen Oléria, e do ator Paulo Betti, que virtualmente dividiu o palco do evento.

Os presidentes das centrais sindicais também estiveram no palco presencialmente, mas a organização seguiu todos os protocolos de segurança sanitária e os presentes fizeram testes para a Covid-19.

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