Policial assassino de George Floyd é condenado

Derek Chauvin asfixiou Floyd em março de 2020. A morte desencadeou protestos pelos EUA e escancarou o racismo no país

Mural em homenagem a George Floyd, morto em uma ação policial nos EUA - Reprodução

Após quase 11 meses da morte de George Floyd, o ex-policial Derek Chauvin foi condenado por júri popular nesta terça-feira (20). O homem negro morreu após ser asfixiado por nove minutos enquanto afirmava que não conseguia respirar. O caso ocorreu em Minnesota, nos Estados Unidos, e motivou o movimento o Black Lives Matter.

Chauvin saiu algemado do tribunal após ter a fiança revogada e condenações por assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo decretadas em decisão unânime. Chauvin pode ficar preso até 75 anos somando as condenações. A decisão será anunciada em oito semanas.

Os promotores convocaram quase 40 testemunhas durante duas semanas de julgamento, entre elas peritos médicos, policiais e o funcionário da loja que recebeu o dinheiro falso de Floyd. Chauvin decidiu não depor alegando o direito contra a autoincriminação.

O advogado Ben Crump divulgou comunicado em nome da família comentando a condenação e relembrou os três outro policiais que participaram da ação que matou George Floyd.

“O veredito de hoje vai muito além desta cidade e tem implicações significativas para o país e até mesmo para o mundo. Este caso é um ponto de virada na história americana e envia uma mensagem clara que esperamos que seja ouvida com clareza em todas as cidades e todos os estados”, afirmou o advogado.

“Agradecemos ao procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison e sua equipe por sua intensa dedicação à justiça por George. Mas não termina aqui. Não esquecemos que os outros três oficiais que desempenharam seus próprios papéis na morte de George Floyd ainda devem ser responsabilizados por suas ações, também”.

Com informações de Uol