Bolsonaro vê na relação de senadores e governadores óbice para barrar CPI

A principal estratégia do presidente para inviabilizar a CPI será incluir governadores e prefeitos nas investigações, mas o presidente sabe das dificuldades devido a relação de proximidade entre senadores e governadores

(Foto: Reprodução)

Bolsonaro vive um dilema político na sua estratégia para barrar a instalação da CPI da Covid-19 no Senado, conforme determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para inviabilizar a comissão, ele tem como principal estratégia incluir governadores e prefeitos nas investigações, porém, tem consciência da dificuldade de colocar em prática esse plano por causa da relação de proximidade entre os senadores e governadores.

Segundo apurou o UOL, auxiliares do presidente dizem que essa não seria a solução “ideal aos olhos” de Bolsonaro. O ideal para ele seria não ter CPI, pois a demanda está gerando impasse político    

A estratégia foi uma espécie de demanda forçada diante da ordem partida do STF. Como cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cumprir a decisão, Bolsonaro precisou pensar em uma alternativa.

“Para o Planalto, ao emplacar a ampliação do escopo da comissão e colocar os governos locais sob a mesma lupa, há chance de triunfar em dois cenários possíveis. Se senadores desistirem do apoio à CPI e retirarem assinaturas, o assunto será engavetado. No entanto, se isso não ocorrer, os holofotes vão se dividir entre as responsabilidades do presidente da República e as de muitos dos seus adversários diretos —como o governador de SP, João Doria (PSDB), e outros”, diz reportagem do UOL.

Ou seja, se tal cenário for confirmado, a comissão seria um espaço de disputa de narrativas, sobretudo acerca de pontos de divergência entre as partes (medidas de restrição, lockdown e outros).

Com informações do UOL

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