Bolsonaro no mato sem cachorro

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Ilustração: Matheus Ribs

Essa expressão popular expressa bem a complicada a situação em que se encontra a elite econômica brasileira. Este segmento jamais se contentou estar em fora do poder. Se não pelas eleições, não hesita utilizar golpes. Após 13 anos de governos mais comprometidos com interesses populares e nacionais, através de impeachment fraudulento, comandado por Michel Temer, retornou ao poder.

Para obter apoio às reformas que sonhavam, prometeram muitas melhorias. Mas o desgoverno Temer foi desastre para o povo e o país. Nas eleições sonhavam eleger Alckmin, o picolé de chuchu. Sentindo que a esquerda ainda tinha chance, através da sua poderosa mídia, manipularam o judiciário, a Lava Jato, e o povo. Prenderam Lula e o tiraram do páreo.bNo entanto, sua maquiavélica engenharia resultou no desastroso Bolsonaro.

Quase dois anos e meio já se foram do Capitão aloprado, incompetente e genocida, que embora tenha contemplado parte da elite, leva o país em marcha batida rumo ao caos total. 

Novamente a elite se vê diante de um quadro desesperador. De um egulado, Bolsonaro, fruto do ovo da serpente que chocaram, e de outro lado Lula, aquele que, condenado injustamente, recupera seus direitos. Um gaiato poderia gritar, e agora Mané?

Novas estripulias. Na falta de um candidato mais viável, ensaiam lançar um batalhão de pé rapado eleitoral que inlui Huck, Doria, Mandetta, entre outros, na esperança de que, diluindo os votos, um deles alcance o segundo turno e lá derrote Bolsonaro ou Lula.

Uma outra parcela, desconfiada que pode dar com os burros n’água como das outras vezes, tentam detonar antes do pleito, Lula ou Bolsonaro. Para dar outro golpe em Lula marcaram uma nova votação no STF na tentativa de torná-lo outra vez inelegível. No caso de insucesso, preparar logo o impeachment de Bolsonaro.

Só estão esquecendo de combinar com o povo.

As pesquisas dão uma noção de como poderá ser o desfecho de 2022. Uma após outra, mostram a queda de Bolsonaro e a recuperação do prestígio de Lula. Os demais permanecem nos mesmos patamares.

Para o desespero ainda maior da elite é que para Lula o céu é de brigadeiro, já que injustiçado, vem se transformando em vítima, além da vantagem de recordação por parte significativa dos eleitores, dos bons tempos do seu governo.

Já Bolsonaro, em lodaçal de areia movediça, afunda sob o peso da sua incompetência, dos desmandos, das estripulias e o pior, sob a responsabilidade de mais de 350 mil vítimas do Covid 19. Diante desse quadro não é difícil prever o cenário mais provável para 2022.

Nos EUA, Trump, o amigo dileto de Bolsonaro, teve fim melancólico. Em quase toda a América Latina, vítima também de vários golpes, candidatos do campo da esquerda retornam ao poder ou têm bons desempenhos eleitorais. No mundo, a velha estratégia norte-americana de dominação reciclada pelas práticas nefastas de guerra híbrida e do lawfare, também sucumbem.

Tudo isso está se caracterizando como uma fase final de um período tenebroso, onde os EUA, protagonista nas agressões ao Afeganistão, Iraque, Síria e dos golpes no Brasil, Bolívia e outros países, todos em nome da democracia, estão se desmascarando.

Urge aos setores comprometidos com a democracia, com o progresso social e da pátria, cerrarem fileiras numa ampla frente, para dar um basta nesse governo responsável por tantas mortes, por tanta dor e lagrimas por inocentes que tiveram suas vidas brutalmente e prematuramente ceifadas. Além de pôr fim a tantos descalabros e prejuízos econômicos ao povo e a nação

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