Bolsonaro, pandemia e recorde de desemprego

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Enquanto o genocida Jair Bolsonaro despreza a Covid-19 fingindo proteger a economia, o desemprego bate recordes no Brasil. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (31), a taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro foi de 14,2%, a pior para o período desde o início da série histórica do instituto em 1995.

Ao todo, 14,3 milhões de brasileiros estavam em busca de uma vaga no período. São cerca de 200 mil pessoas a mais do que no trimestre anterior, encerrado em outubro, e 2,4 milhões de pessoas a mais do que no mesmo trimestre de 2020, antes do início da pandemia do novo coronavírus.

Informalidade e desalentados

O IBGE constatou ainda que a ocupação gerada neste período veio do trabalho informal: o número de empregados sem carteira assinada subiu 3,6% (339 mil pessoas), o de trabalhadores por conta própria sem CNPJ cresceu 4,8% (826 mil) e o de trabalhadores domésticos sem carteira aumentou 5,2%. A taxa de informalidade no trimestre encerrado em janeiro foi de 39,7% – um crime contra o trabalho.

Foi detectado também um recorde entre os desalentados, aquele grupo que desejaria trabalhar, mas já desistiu de procurar vaga. Ao todo, 5,9 milhões de pessoas estavam nessas condições no trimestre encerrado em janeiro. Para a gerente da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, esse quadro pode piorar nos próximos meses.

A pesquisa não captou o avanço da pandemia da Covid-19 no início de 2021. “A gente não sabe quais os efeitos que virão”, afirma a pesquisadora, lembrando que os dados de fevereiro devem refletir o fim do auxílio emergencial e o aumento das medidas restritivas para enfrentar o coronavírus. A taxa de desemprego vai aumentar ainda mais!

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