Londres começa a sair de casa após zerar mortes de covid

Primeiro-ministro aconselha cautela, agora que termina a obrigação de ficar em casa na Inglaterra, mas mantêm-se muitas restrições, com o comércio não essencial ainda fechado.

As pessoas caminham ao longo da Long Walk em Windsor, Inglaterra, domingo, 28 de março de 2021. A Grã-Bretanha dá seu passo cauteloso para sair do lockdown enquanto observa nervosa um novo surto de vírus inundando os vizinhos europeus.

A ordem de ficar em casa chegou ao fim esta segunda-feira na Inglaterra, passando a ser permitido que se encontrem até seis pessoas em espaços exteriores e também a prática de esportes ao ar livre. Ainda assim o primeiro-ministro, Boris Johnson, aconselhou cautela e as autoridades pediram para que as pessoas não convivam em espaços interiores, onde é maior o risco de transmissão.

Pela primeira vez, em seis meses, Londres não registrou morte por covid-19, depois de chegar ao recorde de 230 por dia. A capital inglesa foi o epicentro da pandemia na primeira onda e a cidade concentrava 12% das mortes em todo o Reino Unido, segundo a BBC. O Reino Unido registrou mais de 126.000 mortes por COVID-19, o maior número de mortes na Europa.

Contágios diários no Reino Unido caíram a 3.862 no último domingo
Mortes diárias nos quatro países do Reino Unido caíram a 19 neste domingo

As outras partes do Reino Unido – Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – estão tomando medidas semelhantes. No País de Gales, milhares de pessoas invadiram praias e montanhas no sábado, depois que as autoridades suspenderam as restrições de viagem que estavam em vigor desde dezembro.

O University College Hospital relatou ter, neste momento, sete doentes com covid-19 na UTI com prognósticos positivos. Apesar disso, o hospital se mantém preparado para uma eventual terceira onda, que já predomina em vários países europeus, devido à variante detectada primeiro na Inglaterra.

Boris Johnson avisou que as variantes são um risco mesmo tendo o Reino Unido a quarta maior taxa de vacinação per capita do mundo, depois de Israel, Emirados Árabes Unidos e Chile. Mais de 30 milhões de pessoas – 57% de todos os adultos do Reino Unido – receberam a primeira dose da vacina até agora, anunciou o governo no domingo. Quase 7% dos adultos receberam ambas as doses.

Autoridades de saúde afirmam que o programa vai desacelerar em abril devido a uma redução no fornecimento, em parte devido a um atraso no pedido da Índia. A UE também ameaçou bloquear os embarques de vacinas das fábricas do bloco, a menos que os fabricantes de medicamentos – notadamente a empresa anglo-sueca AstraZeneca – enviem mais vacinas para os países da UE.

Uma campanha de saúde pública vai sublinhar o papel da renovação do ar na diminuição do risco de transmissão. “É muito claro que os espaços exteriores são mais seguros do que os interiores. É importante lembrar isso quando avançarmos para a próxima fase”, disse o responsável pela saúde Chris Witty.

A maioria dos negócios não essenciais permanece fechada, junto com bares, restaurantes, academias, cinemas, teatros, museus e estádios esportivos. Milhões de trabalhadores continuam de licença, com o governo pagando a maior parte de seus salários.

De acordo com o “roteiro” do governo para suspender o bloqueio, lojas, cabeleireiros e restaurantes ao ar livre na Inglaterra devem reabrir em 12 de abril, seguidos por locais fechados em 17 de maio. As restrições restantes devem terminar em 21 de junho, se o país não enfrentar um novo surto de vírus.

Com informações das Agências Internacionais

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