Em marcha o maior genocídio em terras brasileiras

“A ‘não política’ de deixar o coronavírus livre e solto, para infectar à população, leva a morte sem controle de brasileiros”.

Foto: Filipe Araujo

O Brasil tem uma tradição de, tempos em tempos, ver-se envolvido em revolta e movimentos internos e externos, onde a disputa política e econômica chega às vias armadas, resultando em mortes de cidadãos brasileiros.

Em termos internacionais, a Guerra do Paraguai (1864) foi o maior conflito armado com participação do Brasil, quando uma Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), sob orientação inglesa, realizam guerra contra o Paraguai. Resultando em morte de cerca de 440.000 pessoas, sendo 100 mil brasileiros e 300 mil paraguaios.

Na 2ª Guerra Mundial, a participação de brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) acarretou a morte, de 457 militares, na Itália, de acordo com o Boletim Especial do Exército, de 2 de dezembro de 1946.

Na Cabanagem, no estado do Pará, restou uma carnificina de cerca de trinta mil mortos, que representava 30 a 40% da população da província. O movimento dizimou preferencialmente populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.

A Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, envolveu em combate cerca de 30 mil combatentes e resultou em mais de 3 mil mortes.

A revolta Sabinada, na Bahia, deixou um saldo de aproximadamente duas mil mortes e três mil prisões. Os líderes do movimento foram condenados à pena de morte ou prisão perpétua e alguns foram depredados ou executados.

No Maranhão, também no período regencial, ocorreu a Balaiada, que deixou um saldo de aproximadamente 12 mil balaios mortos.

Na atual guerra que estamos sofrendo da covid-19, já perdemos – até 12 de março de 2021 – 275.115 brasileiros, e 9.244 parentes, mortos pela pandemia e pelo pouco caso que o capitão Bolsonaro trata a situação sanitária no Brasil.

Estamos entrando em um período que indica o recrudescimento da pandemia, com aumento significativo de óbitos diários e totais. A manutenção da gestão no formato atual, indica ter sido algo premeditado e deliberado. O Brasil teve condições de aquisição de vacinas, desde meados de 2020, sem que o genocida de plantão tivesse mostrado interesse, sob argumentos falaciosos de que, ora a vacina era chinesa (e, por isso comunista e inimiga); ora era coisa de fracotes, de falta de hombridade, até chegar na teoria estúpida e não científica de que o melhor combate ao coronavírus seria permitir que toda a população fosse exposta ao vírus e, assim recebessem anticorpos.

Teoria de total estupidez que, se não resultasse em dezenas e até centenas de milhares de pessoas mortas, poderia ser classificada como mais uma estupidez do atual governo.

Vacina ou infecção em manada

A vacinação, em todos os países do mundo que adotaram, resultou em queda importante nos índices de mortalidade.

Nos Estados Unidos, após a eleição de Biden e adoção de política de vacinação ampla, que já atingiu 13,6% da população, os casos de covid-19 estão em queda livre, tendo reduzido 60% desde o pico registrado em janeiro.

A queda na infecção leva a redução da lotação das estruturas hospitalar, melhor capacidade de atendimento das pessoa e redução do número de óbitos.

Por outro lado, a “não política” de deixar o coronavírus livre e solto, para infectar à população, leva a morte sem controle de brasileiros que poderiam ser poupados tanto das dores do tratamento sofrido em UTI’s lotadas e do óbito que deixa famílias em dores e desamparo.

Essa “não política” tem um efeito colateral, de gerar cepas diferentes de vírus, mais agressivos e mortais. Colocando nosso país (e os brasileiros) como maus vistos no resto do planeta.

O descaso é genocídio

O crime de genocídio caracteriza-se pelo extermínio sistemático de pessoas de mesma origem e, estamos vendo a política do presidente de plantão exercer de forma deliberada um caminho que leva a morte, sem sentido, de brasileiros.

O genocídio é uma barbaridade que está presente na história humana mas, após a 2ª Guerra Mundial, quando o nazismo fez desse modo uma prática, com fatos estarrecedores, teve uma definição e condenação.

Em 1946, a Assembleia da ONU definiu Genocídio como sendo “a recusa do direito à existência de inteiros grupos humanos (…) um delito do direito dos povos, em contraste com o espírito e os objetivos das Nações Unidas, delito que o mundo civil condena”, e criou uma Convenção para tratar do assunto, aprovado pela Assembleia Geral, em 09 de dezembro de 1948, e definiu o crime de Genocídio em seu artigo 2º da seguinte forma:

Artigo II – Na presente Convenção, entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal:

(a) assassinato de membros do grupo;
(b) dano grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
(c) sujeição intencional do grupo a condições de vida pensadas para provocar sua destruição física total ou parcial;
(d) medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
(e) transferência à força de crianças do grupo para outro grupo.

A Convenção estabeleceu o princípio da responsabilização individual por todos os atos relativos ao crime de genocídio e determinou também punição para quem os comete.

Na 2ª Guerra Mundial estima-se mais de 6 milhões de pessoas “não arianas”, comunistas, judeus, homossexuais, ciganos e negros.

É chegada a hora de barrar o genocida

Diante da próximo de atingirmos 300 mil mortes de brasileiros não cabe seguir aceitando essa “não política”. É preciso barrar o responsável por essa situação que já levou a mais mortes de brasileiros do que o conjunto de conflitos armados internos ou externos somados.

Não tem como aceitar a lógica de que, por ser a pandemia um quadro mundial, com adoecimentos e mortes trágicos em todos os cantos, porque no Brasil tivemos das autoridades a deliberada adoção de o caminho pela pandemia, que se transformou no mais novo exemplo de genocídio na história da humanidade.

Ê preciso romper o cerco, exigir mais vacinas, mais testes, mais pagamentos de auxílio emergencial, adoção de política públicas que permitam que as pessoas fiquem em suas casas.

O caminho mais rápido e seguro de barrar o genocídio em marcha é dar um basta no responsável pela prática e assassinato de tantos brasileiros.

Para barrar o genocida é através do impeachment do responsável por toda essa situação, do presidente em exercício Jair Bolsonaro.

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