Equivalência entre Lula e Bolsonaro é conversa fiada, diz jornalista

Bernardo Mello Franco lembrou que enquanto os petistas seguem a regra democrática, o atual presidente flerta abertamente com o autoritarismo, inclusive insinuando autogolpe

O colunista de O Globo Bernardo Mello Franco escreveu neste domingo (14) que é conversa fiada a equivalência feita no atual momento entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro. Ele lembrou que enquanto os petistas seguem a regra democrática, o atual presidente flerta abertamente com o autoritarismo, inclusive insinuando autogolpe.

“O partido de Lula tem muitos defeitos, mas nasceu na luta contra a ditadura e governou pelas regras da democracia. Quando Dilma Rousseff sofreu o impeachment, os petistas entregaram as chaves do palácio e foram para a oposição. Bolsonaro é um antigo defensor do autoritarismo, da tortura e das milícias. Não moderou o discurso na campanha nem no governo, onde passou a flertar abertamente com um autogolpe”, disse ele.

Ao lembra do cientista político Cláudio Couto, o colunista afirmou que polarização não é sinônimo de duelo entre extremos. Disse que PT e PSDB polarizam seis disputas presidenciais sem que nenhum deles fosse extremista, uma questão óbvia, mas que muitos insistem em ignorar.

“A deputada Joice Hasselmann, ex-líder de Bolsonaro, agora se apresenta como adversária do “bolsopetismo”. O termo não quer dizer nada, mas virou moda em rodas conservadoras. Na falta de um candidato competitivo, apela-se ao fantasma de 2018”, afirmou.

Por fim, diz que o retorno de Lula mostrou que não era difícil polarizar com um presidente que nega a ciência e debocha das vítimas da pandemia. “Para o petista, bastou aparecer de máscara, defender a vacina e informar que a Terra não é plana.”

Com informações de O Globo

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