EUA superam 500 mil mortes por Covid-19; Brasil é o 2º em óbitos

Dos cerca de 2,46 milhões de mortos no mundo em decorrência do novo coronavírus, 500.172 são norte-americanos

O número de óbitos por Covid-19 nos Estados Unidos ultrapassou nesta segunda-feira (22) a marca de meio milhão, conforme o monitor da agência Bloomberg e a Universidade Johns Hopkins. Dos cerca de 2,46 milhões de mortos no mundo em decorrência do novo coronavírus, 500.172 são norte-americanos. Os EUA – aonde a pandemia chegou há pouco mais de um ano, sob o governo negacionista de Donald Trump – são o país com mais registro de casos e mortes por Covid.

Anthony Fauci, o mais graduado infectologista do governo dos EUA – agora sob gestão Joe Biden –, lamentou o novo recorde atingido pelo país. “É terrível, é histórico”, disse. “Não vemos nada que sequer se aproxime disso há mais de cem anos, desde a pandemia da gripe espanhola.” Cerca de 657 mil norte-americanos morreram durante a pandemia da gripe, em 1918. Na época, não havia vacinas disponíveis nem antibióticos para tratar infecções secundárias, de acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Mais de um século depois, no início de março de 2020, apenas três mortes relacionadas ao coronavírus foram registradas nos EUA. Já em janeiro deste ano, houve mais de 88.200 óbitos por Covid-19 – uma média de 2.825 por dia. Cerca de 35% de todas as mortes nos EUA até 18 de fevereiro ocorreram em lares de idosos e outras unidades de cuidados de longo prazo, segundo o Long-Term Care Covid Tracker (que monitora as instalações de cuidados de longo prazo).

O Brasil, também liderado por um chefe de Estado negacionista e de extrema-direita, Jair Bolsonaro, aparece em segundo lugar no ranking de perdas humanas decorrentes da pandemia. Segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins, 247.143 brasileiros morreram devido ao novo coronavírus. Mas, ao contrário do que ocorre nos EUA, não há sinais de que a pandemia está recrudescendo no País.

Entre os norte-americanos, tanto as hospitalizações quanto as mortes caíram desde o pico alcançado no começo de janeiro. As razões: a melhora nas terapias, as medidas de isolamento e o número crescente de pessoas que chegaram à imunidade por terem sobrevivido ao vírus. Além disso, mais moradores do país já tomaram as vacinas da Moderna ou Pfizer/BioNTech. Já há mais vacinados com ao menos uma dose do imunizante do que norte-americanos que testaram positivo para o vírus.

Há, no entanto, uma crescente ameaça, representada pelas novas cepas, que estão sendo mais detectadas agora nos EUA, depois de migrarem rapidamente do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil. A resposta do governo Joe Biden é acelerar a vacinação.

Até o último domingo, 63,1 milhões de doses já haviam sido dadas à população norte-americana – número que coloca o país na liderança mundial. Nesse ponto, o Brasil também está em desvantagem, haja vista os sucessivos fiascos do plano de vacinação de Bolsonaro.

Com informações da Bloomberg