A China e as vacinas

O resultado das agressões gratuitas, descabidas e irresponsáveis à China já começam a serem sentidas.

Bolsonaro China - Ilustração: Tainan Rocha

A China é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, número de habitantes e poder econômico. Em poder de compra já superou os EUA e deverá ser a maior superpotência do mundo ainda nesta década.

A China, por experiência milenar, adota o critério de alianças e parcerias com os países que possam propiciar desenvolvimento e progresso recíproco. Nessa perspectiva construiu uma aliança com o Brasil, a Rússia, Índia, África do Sul e a própria China, chamada BRICS. Na verdade, um mercado com mais de 3 bilhões de consumidores, mais de 1/3 da população do planeta.

O BRICS tem  o Novo Banco de Desenvolvimento,  maior banco em capital de investimentos do mundo., inclusive presidido pelo brasileiro Marcos Troyjo.

A China é também o maior parceiro comercial do Brasil, adquirindo cerca de 75% dos grãos produzidos no Brasil, assim como minérios e outros produtos.

O governo Bolsonaro ao invés de estreitar mais ainda as relações com esses países e tirar proveito dessa situação, emprestar recursos do banco do BRICS para investimentos, resolveu, pasmem, eleger a China como inimiga, e nem comenta sobre o BRICS.

O motivo até hoje não explicou. Supõe-se que seja para agradar Trump, ex-presidente do EUA, seu querido “amigo”, que jamais propiciou benefício algum ao Brasil. Ou pode ser também devido ao comportamento anticomunista, reacionário e doentio de Bolsonaro, seu clã e outros membros do seu governo, já que a China é governada pelo Partido Comunista há mais de 70 anos.

O resultado das agressões gratuitas, descabidas e irresponsáveis à China já começam a serem sentidas.

Os chineses, um povo que já travou mil batalhas, adota como critério a não agressão e respeito às diferenças, mas avisa “pensem bem antes de provocar a China”. Os chineses não costumam “bater boca”, mas agem de forma planejada, precisa e silenciosa.

Quanto a questão dos grãos já desenvolve parcerias com a Rússia, países africanos e, apesar de contradições, aumenta de forma expressiva a compra de grãos dos EUA. Não demora, os produtores e os brasileiros poderão sentir o resultado dos destemperos bolsonaristas.

Quanto a questão da pandemia a China foi um dos primeiros países a serem atingidos pelo coronavirus. Circulam fake news de que o vírus seria chinês. Mas nenhum cientista confiável, conseguiu até hoje descobrir como ele surgiu. Alguns suspeitam que pode ser oriundo de morcegos, mas ainda não se sabe onde, e como foi transmitido para os humanos.

Devido à longa experiência no combate a pandemias em países asiáticos, o governo da China agiu rápido e, adotando as medidas recomendadas pela ciência, isolou a cidade infectada, impediu a entrada e saída e a circulação de pessoas, obrigou o uso de máscaras, o isolamento social e o fechamento de estabelecimentos não essenciais.

Foi devido a essas ações eficazes, entre outras, que no país com população de 1 bilhão e 400 mil habitantes, sete vezes maior que do Brasil, o número de infectados atingiu 100 mil pessoas e mortos não chegou a 5 mil.

Paradoxalmente, apesar do tratamento irracional, irresponsável e até mentiroso do governo Bolsonaro, as vacinas que podem salvar os brasileiros dependem dos insumos e do expertise da China. Sem isso o Brasil corre o risco de ficar ainda muito mais tempo a esperar e assistir seus entes queridos serem mais infectados e mortos.

A Irresponsabilidade, a incompetência e a imbecilidade de Bolsonaro, seu governo e seus seguidores fanatizados, já causaram a morte prematura de mais de 210 mil brasileiros e  8,5 milhões de infectados.

As opiniões expostas nesse artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho.

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