Golpismo nos EUA é alerta contra disseminação do fascismo no Brasil

Lideranças políticas do PCdoB comentaram a invasão do Congresso americano por extremistas para impedir a confirmação de Joe Biden como novo presidente do país.

Para lideranças comunistas, golpismo nos EUA repercute na política brasileira. Edição de Imagem de Cezar Xavier

Para lideranças e parlamentares do PCdoB, a invasão violenta do capitólio em Washington, que sedia o Congresso americano, é um alerta para o Brasil. Incentivados pelo ex-presidente Donald Trump, que não aceita a derrota, extremistas republicanos vandalizaram o prédio histórico, provocando a morte de uma mulher. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (ex-PSL), demonstrou em várias ocasiões seguir o roteiro de Trump e atacar as instituições brasileiras, desrespeitando o rito democrático.

A presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, comentou o episódio como a instauração de um caos social nos EUA. “Um país que é centro do capitalismo e se autoproclama a maior democracia do mundo vive tentativa de golpe. É um escândalo. E é também um alerta da necessidade de impedir a disseminação do germe do fascismo, da intolerância e do ódio”, analisou.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) observou que o episódio põe em questão a auto-proclamação “maior democracia do mundo”. Para ele, os incidentes nos EUA mostram a ameaça que Bolsonaro representa para o Brasil.

“A bajulada como ‘maior democracia do mundo’ sofre hoje sua maior ameaça. Espero que o exemplo sirva para o Brasil. Bolsonaro é um criminoso, está tomando lições com seu mentor. Não deveria nem concluir o mandato. Mas, caso o faça, devemos estar preparados para tudo em 2022”, alerta.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) alarmou-se, primeiro, com o modo como os extremistas trataram a imprensa antes de invadir o Congresso. Assim como Trump, Bolsonaro incita a população contra a imprensa todos os dias, como comprova levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

“Do lado de fora do Capitólio invadido, apoiadores de Donald Trump perseguiram jornalistas e, com chutes e água, danificaram equipamentos usados por veículos de mídia. Ataque às instituições e ao voto. Ataque à imprensa. Soa familiar?”, questiona a deputada

Para Jandira, quando a mentira e o ódio são alimentados como instrumentos de poder, o resultado só pode ser o caos, o desrespeito às instituições e ao voto. “Um atentado à democracia”, disse ela.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que Trump é um arrogante, pisa na democracia e na Constituição de seu país. “Mas Trump é um derrotado e sabe que perdeu. Aí, incitar a invasão do Capitólio, manda recado de como seus asseclas devam agir, diante das presumíveis derrotas da extrema-direita”, disse ela, sinalizando para o roteiro que o americano oferece a Bolsonaro.

A líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirmou que tanto Trump quanto Bolsonaro representam grave ameaça à democracia. “O que acontece lá serve de exemplo para que afastemos o fascismo e o retrocesso daqui”, disse a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou sobre a invasão do Congresso norte-americano por apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrida nesta quarta-feira (6). Segundo Maia, a invasão “por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições”.

“Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição”, declarou Maia, em seu perfil no Twitter.

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