Deputado condena lentidão do governo federal em definir vacinação contra a Covid-19

Enquanto o bolsonarismo bate cabeça entre informações falsas, contraditórias e recuos de declarações, mais de 40 países já começaram a imunização

Enfermeira prepara seringa para vacinar idosos em asilo na Bélgica, onde fica fábrica de imunizantes da Pfizer (Foto: Dirk Waem/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou seu discurso de que “não dá bola” para pressões sobre o início da imunização contra a Covid-19 no Brasil e disse, neste domingo (27), que o governo federal tem pressa em obter uma vacina.

Mas enquanto o bolsonarismo bate cabeça entre informações falsas, contraditórias e recuos de declarações, mais de 40 países já começaram a vacinação, inclusive os latino-americanos México, Chile e Costa Rica. A Argentina planeja começar sua campanha nesta terça-feira.

A demora do Brasil para iniciar uma imunização em massa foi alvo de críticas do deputado federal Márcio Jerry, vice-líder do PCdoB na Câmara. Para o parlamentar, “Bolsonaro mantém absoluta negligência com o assunto, atrasando criminosamente a vacinação no país”.

“Todos os chefes de estado do mundo inteiro realizando vacinação de seus povos. Menos um. E que lástima ser exatamente o do Brasil. Bolsonaro, o perverso genocida”, disse.

Plano B

No último dia 17, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) uma autorização para que os estados importem vacinas contra a Covid-19 que já estão em uso no exterior, caso não seja cumprido o Plano Nacional de Vacinação no país, ainda sem data definida.

“Se até meados de janeiro o governo federal não apontar uma data pra iniciar a vacinação, não apontar os meios necessários pra gente começar a vacinar, o Maranhão vai atrás de conseguir efetivamente imunizar sua população”, explicou Flávio Dino na ocasião. O governador já tem um memorando firmado com um fabricante do imunizante.