Maduro defende instituições republicanas e conclama diálogo

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na hora de votar, pediu aos venezuelanos para ultrapassarem as suas divergências através do debate, “da verdade de cada um”, do respeito e do diálogo.

Maduro

Numa longa declaração após depositar o voto, Maduro definiu “as instituições republicanas” como “a única forma em que se pode eleger”, de acordo com a Constituição e “com o voto do povo”. “Hoje nasce uma nova Assembleia Nacional”, afirmou após criticar a anterior, onde a oposição golpista garantiu ampla maioria nas legislativas de dezembro de 2015.

Maduro classificou de “nefasta” a atual Assembleia Nacional, que termina o seu mandato em 5 de janeiro, ao considerar que “trouxe consigo a praga das sanções”, numa referência às medidas retaliatórias impostas pelo regime dos Estados Unidos, e que para a Venezuela implicaram “crueldade, dor e sofrimento”.

O líder de Caracas asseverou que, neste contexto, os cidadãos demonstraram “paciência e resistência”, e com o voto de hoje os venezuelanos estão “a fazer justiça”. Maduro também concordou com “uma ideia do presidente Rodríguez Zapatero [José Luis Rodríguez Zapatero, antigo chefe do Governo de Espanha] para que se instale uma mesa de diálogo nacional com todos os partidos políticos da Venezuela”.

O presidente da Venezuela estendeu o convite “aos partidos que participaram nas eleições, com os grupos políticos que não participaram nas eleições, com todos os setores económicos, com todos os setores sociais do país para analisar a agenda nacional”.

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As informações são da agência Lusa