Covid-19 se intensifica no mundo todo

Pandemia já provocou quase 66 milhões de infetados e mais de 1,5 milhões de mortes.

No entanto, os números contabilizados refletem apenas uma parte do número real de infeções, tendo em conta que alguns países apenas testam os casos graves e outros têm uma capacidade limitada de testagem. Na sexta-feira foram registadas 12.177 mortes relacionadas com o novo coronavírus a nível mundial e 677.808 novos casos de infeção.

Os EUA foram o país onde se contabilizou o maior número de novas mortes (2506), seguido pela Itália (814) e pelo Brasil (694). No total, os Estados Unidos somam 279.008 mortes e 14.372 570 casos de infeção, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil, com 175.964 óbitos e 6.533,968 casos de infeção; Índia, com 139.700 mortes e 9.608,211 pessoas infetadas; México, com 108.863 mortes e 1.156,770 casos de infeção; e Reino Unido com 60.617 óbitos e 1.690,432 casos de infeção. Entre os países mais atingidos, a Bélgica é o que apresenta o maior número de mortes face à população total, com 147 óbitos por 100 mil habitantes, seguida pelo Peru (110), Espanha (99) e Itália (97).

Brasil

O boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde indica que o Brasil somou mais 664 mortes, totalizando 176.628 óbitos devido à Covid-19. A taxa de incidência da covid-19 no país é de 84 mortes e 3.130 casos por cada 100 mil habitantes. Das 27 unidades federativas do Brasil, São Paulo (1.285.087), Minas Gerais (438.304), Bahia (419.044) e Rio de Janeiro (370.267) são as que concentram maior número de infeções. Já os Estados com mais mortes são São Paulo, (42.969), Rio de Janeiro (23.099), Minas Gerais (10.283) e Ceará (9.693).

Após um aumento de casos e mortes, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da capital homónima, Marcelo Crivella, anunciaram, na sexta-feira, novas medidas de luta contra a covid-19, como a criação de mais camas de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e encerramento de escolas municipais.

Itália

A Itália registou 662 mortes e 21.052 novas infeções nas últimas 24 horas, um decréscimo face aos últimos dias, informaram este sábado as autoridades italianas, realçando, porém, que o país também realizou menos testes de diagnóstico. Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 59.514, de acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde italiano.

Em termos de contágios, Itália contabiliza, até à data, 1.709.991 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus. Segundo o boletim do Ministério da Saúde italiano, o país realizou nas últimas 24 horas um total de 194.984 testes de diagnóstico, um número bastante inferior quando comparado com os 213.000 testes comunicados na sexta-feira e os 226.000 contabilizados na quinta-feira. A pressão sobre os hospitais italianos continua igualmente a dar sinais de algum abrandamento.

Dos 754.169 casos positivos que estão atualmente ativos em Itália (menos 3.533 em comparação a sexta-feira), a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos. Deste total, 30.158 estão hospitalizados, menos 1.042 em comparação com o dia anterior. Em unidades de cuidados intensivos, encontram-se atualmente 3.517 pacientes, menos 50 em relação ao dia anterior. No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 896.308, um aumento de 23.923 face ao dia anterior.

Irã

O número total de mortes no Irão devido à pandemia aumentou para mais de 50 mil, enquanto o país se debate com o pior surto do Médio Oriente, segundo a imprensa iraniana. Um confinamento parcial de duas semanas na capital Teerã e outras grandes cidades ajudou a abrandar, mas não a deter a onda crescente de mortes nas últimas semanas.

O presidente Hassan Rouhani avisou este sábado que o confinamento poderá ser estendido a mais cidades ou reintroduzido na capital, caso as pessoas não obedeçam às medidas de saúde. Teerão está no limiar de entrar na zona vermelha”, disse Hassan Rouhani. “Todas as pessoas e funcionários públicos devem tentar adotar as medidas”, acrescentou.

A porta-voz do Ministério da Saúde revelou este sábado que o número de mortos em todo o país no dia anterior foi de 321, sendo que antes do último confinamento, o número de mortes diárias chegou às 486. As autoridades de saúde detectaram mais 12.150 novos casos, que elevaram o total para 1.028,980. Estes números representam uma diminuição significativa no número diário de casos confirmados desde o confinamento.

Japão

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, afirmou que “as novas infecções e casos graves de infecção por coronavírus estão atingindo níveis recordes”, razão pela qual considera que “a situação é extremamente alarmante”. “Vemos a pressão sobre as Unidades de Cuidados Intensivos e nós estamos lidando com a situação com plena consciência da crise que atravessamos”, afirmou, num dia em que o Ministério da Saúde anunciou um número recorde de pacientes em terapia intensiva desde o início da pandemia.

O número de mortes diárias no Japão corresponde ao recorde anterior de 43, registrado a 8 de maio. Foram ainda registradas 2432 novas infecções na sexta-feira. Os casos de covid-19 no Japão desde o início da pandemia atingem 158.386 e o número de mortos já chegou aos 2.296. Enquanto isso, 131.176 pacientes foram dados como recuperados.

Alemanha

A Alemanha registou 483 nas últimas 24 horas, o que representa o segundo maior número desde o início da pandemia. O número mais alto de óbitos registardo até agora foi na passada quarta-feira, quando foram contabilizadas 487 mortes.

No sábado, as autoridades de saúde alemãs comunicaram ao Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental de controle e prevenção de doenças infecciosas, a existência de 23.318 novas infeções confirmadas, 1.600 a mais do que na semana anterior. O número máximo de infeções desde o início da pandemia foi registado em 20 de novembro com 23 648.

Desde o início da pandemia, houve 1 153 555 infeções confirmadas na Alemanha. Cerca de 835 700 pessoas superaram a doença e 18 517 morreram. Atualmente, a incidência semanal é de 138,7 infeções por 100 mil habitantes. O RKI considera que se encontra em situação crítica quando a incidência semanal ultrapassa 50 infeções por 100 mil habitantes.

A segunda onda da pandemia levou à imposição de novas restrições na Alemanha. Atualmente, bares, restaurantes e cafés só podem funcionar em regime de take-away. As reuniões sociais devem ser limitadas a cinco pessoas de até dois agregados familiares. Para o Natal, na maioria dos estados federais, está previsto aumentar esse número para dez pessoas.

China

A Comissão de Saúde da China anunciou neste sábado ter identificado 17 casos nas últimas 24 horas, incluindo dois por contágio local e os restantes oriundos do exterior. Os dois casos de contágio local foram diagnosticados na região da Mongólia Interior. A região, que faz fronteira com a Rússia e a Mongólia, diagnosticou um total de 13 casos nos últimos dias.

As autoridades chinesas disseram que nas últimas 24 horas 15 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 273, das quais seis encontram-se em estado grave. A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes, pelo que o número permaneceu em 4.634. O país somou, no total, 86.601 infetados desde o início da pandemia.

México

O México registou 690 mortos e 12.127 infetados nas últimas 24 horas, um recorde diário de casos, informaram as autoridades de saúde. O número de óbitos desde o início da pandemia subiu para 108.863 e o de casos para 1.156,770. O México é agora o 10.º país com mais infeções e o quarto com mais mortes em números absolutos, segundo a Universidade Johns Hopkins.

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Com agências