CNN, Jovem Pan e Rede Vida acumulam mais de 50 profissionais com Covid

As emissoras enfrentam descontentamento dos profissionais com a falta de providências que se tornaram queixa sindical

Monalisa Perrone da CNN e Padre Marcos da Rede Vida diagnosticados com Covid-19

As emissoras CNN, Jovem Pan e Rede Vida enfrentam a contaminação do coronavírus entre seus funcionários. Canal religioso, a Rede Vida viu nesta semana, até agora, 15 pessoas testarem positivo em suas dependências. A Jovem Pan tem ao menos dez casos comprovados em sua redação. Um surto de Covid-19, com mais de 30 casos na sede da CNN Brasil, levou a uma mobilização dos jornalistas e radialistas da emissora com o pedido de uma série de providências.

Entre os que estão com o vírus da Covid-19 na Rede Vida está o padre Marcos Roberto Pires, apresentador do programa “Tamo Junto”. Além dele, há casos na maquiagem, na produção e na área técnica. Apresentadoras de merchandising que não são funcionárias mas estão diariamente nos bastidores da emissora também foram diagnosticadas e ainda contaminaram seus parceiros. Todos terão de ficar afastados, cumprindo isolamento, pelos próximos dias.

Nos bastidores da Jovem Pan, o colunista Fefito do UOL apurou que profissionais têm questionado a empresa, que não permitiu que seus jornalistas sigam trabalhando em esquema de home office. Somente após pressão interna, a chefia da rádio resolveu realizar exames em todos os funcionários e pelo menos dez testaram positivo.

A maior parte dos casos está concentrada nos bastidores, assim como funcionários de áreas como almoxarifado e departamento comercial, mas repórteres da linha de frente da redação também testaram positivo. A rádio nega as afirmações e não se manifestou sobre as acusações.

CNN e denúncia sindical

Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, a CNN “tem ignorado a maior parte” das providências solicitadas pelos profissionais da empresa. A emissora afirma ter tomado uma série de medidas e diz que a situação está controlada.

Segundo os relatos feitos à coluna de Maurício Stycer do UOL, houve o registro de mais de 30 casos de profissionais infectados na redação do canal, em São Paulo, no intervalo de duas semanas. Publicamente, revelou-se que Gabriela Prioli, Leandro Karnal e Monalisa Perrone receberam diagnóstico positivo para o novo coronavírus.

Em uma assembleia virtual, os jornalistas decidiram pedir à direção da emissora a testagem de todos os trabalhadores, incluindo os terceirizados. Também foi solicitado o afastamento imediato de todos que tiveram contatos com pessoas próximas infectadas. É o caso, por exemplo, de um apresentador que está trabalhando na redação apesar de sua mulher, também apresentadora, estar em casa com Covid-19.

Também há o caso de uma âncora que foi afastada por Covid-19 no dia 12 de outubro, embora já estivesse com sintomas há alguns dias. O seu colega de bancada continuou trabalhando por mais dois dias até também ser diagnosticado com a doença.

Segundo a denúncia, a sala de maquiagem utilizada pela âncora se tornou “um vetor de contaminação, fazendo com que a Covid-19 tenha atingido ao menos dez apresentadores e analistas, além de maquiadores, camareiras e a chefe do figurino. Daí o vírus espalhou-se para a redação, atingindo editores”. A emissora confirmou a suspeita.

Ainda segundo os relatos de jornalistas, o surto na CNN Brasil ocorreu após a emissora pedir a volta ao trabalho presencial de profissionais que estavam fazendo trabalho remoto. Numa longa nota, a CNN Brasil lista todas as medidas que afirma estar tomando para enfrentar a pandemia e proteger os seus funcionários.

Com informações do UOL

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