Em queda de popularidade, Bolsonaro vê seu aliados derreterem nas capitais

Institutos de pesquisa revelam queda na aprovação de Bolsonaro que pode ver seus aliados no Rio, Marcelo Crivella, e em São Paulo, Celso Russomano, ficarem fora da disputa do segundo turno das eleições municipais

Celso Rusomanno e Marcelo Crivella podem ficar fora do 2º turno (Foto: Agência Câmara e Republicanos)

O presidente Bolsonaro não vive um mal momento somente por causa da derrota de Donald Trump nos Estados Unidos, um duro golpe na extrema-direita mundial. No próximo domingo (15), ele pode ver as candidaturas de Celso Russomano, em São Paulo, e Marcelo Crivella, no Rio, ficarem fora do segundo turno das eleições municipais. Além da derrota dos dois importantes aliados, ambos do Republicanos, Bolsonaro está em franca queda nos índices de popularidade, segundo institutos de pesquisa.

Na última quinta-feira (5), o Datafolha deu Covas com 28% do eleitorado, seguido por Russomano, com 16%, Boulos, com 14% e França com 13%. Com a margem de erro, o candidato de Bolsonaro está tecnicamente empatado na segunda posição.

Em outra pesquisa do mesmo instituto, no dia 8 de outubro, Russomano liderava com 27% das intenções de voto. Analistas veem a crise da covid-19 e a adoção do negacionismo bolsonarista, incorporado por Russomano, como fatores que somam ao fraco desemprenho do candidato.

No Rio, o bolsonarismo enfrenta situação parecida. Na pesquisa Datafolha do último dia 5, Eduardo Paes (DEM) aparece na liderança com 31%, seguido de Crivella com 15%, Martha Rocha (PDT) com 13%, e Benedita da Silva (PT) com 8%. Ou seja, o atual prefeito, que teve apoio explícito de Bolsonaro, está tecnicamente empatado no segundo turno. Segundo analistas, o alto índice de rejeição de Crivela somado ao voto útil pode tirar o prefeito da disputa do segundo turno.

Queda na aprovação

Já o índice de popularidade de Bolsonaro não ajuda seus aliados. Segundo levantamento do Datafolha no sábado (7), Bolsonaro perdeu popularidade nas três maiores cidades do Sudeste brasileiro: São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

Na capital paulista, caiu quatro pontos na avaliação de “ótimo” e “bom”, ficando em 25%. No Rio, no mesmo item, saiu de 37% para 34%. Já em BH, a queda foi maior: em outubro, ele tinha 40% de respostas “ótimo” e “bom”, mas desta vez teve apenas 35%, uma queda de cinco pontos.

Com base nas pesquisas Ibope, reportagem do G1, no domingo (8), destacou que a aprovação do governo Bolsonaro caiu em sete capitais do país. As maiores quedas foram registradas em Salvador e Rio Branco, ambas com sete pontos negativos. Em Boa Vista a queda atingiu seis pontos, Belo Horizonte (- 4), Florianópolis (- 5, Porto Velho (-6) e São Luís (-4).

“A avaliação ruim/péssimo do governo em Rio Branco passou de 27% para 36%, aumento de 9 pontos percentuais. Já na capital de Santa Catarina, a avaliação negativa subiu de 47% para 53%”, revelou o Ibope.

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