“Dias difíceis pela frente”, avalia deputado sobre alta do desemprego

Taxa de desemprego no Brasil bateu recorde de 13,8% no trimestre, atingindo 13,1 milhões de pessoas e fechamento de 7,2 milhões de postos de trabalho

A taxa de desemprego no Brasil bateu recorde de 13,8% no trimestre encerrado em julho, atingindo 13,1 milhões de pessoas e com fechamento de 7,2 milhões de postos de trabalho em três meses. Os dados foram revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a maior registrada pela série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, refletindo os impactos da pandemia de coronavírus.

Vice-líder do PCdoB externou preocupação com os dados e a situação do país. “Economia se degrada no Brasil sem resposta adequada do governo Bolsonaro. Dias difíceis pela frente, se nada for feito e feito corretamente”, avaliou o parlamentar.

Letargia do governo diante do desemprego

Desde o início da crise sanitária no país, Bolsonaro pouco fez para aliviar o impacto na saúde e na vida da população. Desde março, apesar de o Congresso ter aprovado recursos e propostas para ajudar a população e a economia do país, o governo tem liberado os auxílios a conta-gotas, resultando, por exemplo, no fechamento de mais 700 mil pequenas empresas desde o início da pandemia.

O atual índice de desemprego nacional corresponde a um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (12,6%), e de 2 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2019 (11,8%).

Em termos de número de desempregados, o contingente de 13,13 milhões no trimestre encerrado em julho é o maior desde abril do ano passado, quando os desocupados somavam 13,17 milhões. O recorde histórico foi registrado em março de 2017 (14,1 milhões).