‘Da série Mamatas’: deputado comenta novas denúncias no clã Bolsonaro

Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) viu, nesta quarta-feira (23), o surgimento de um novo capítulo na […]

(Foto: Reprodução)

Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) viu, nesta quarta-feira (23), o surgimento de um novo capítulo na série de maracutaias envolvendo o clã Bolsonaro.

“Da série Mamatas dos Bolsonaro, capítulo de hoje: Carlos Bolsonaro comprou imóvel de R$ 150 mil em dinheiro vivo”, disse Jerry, ao comentar a denúncia feita pelo jornal Estadão.

De acordo com a reportagem, o vereador carioca do Republicanos tinha apenas 20 anos, em 2003, quando se dirigiu a um cartório no centro do Rio e pagou R$ 150 mil (o equivalente a R$ 366 mil hoje, corrigidos pela inflação) em dinheiro por um imóvel. O apartamento pago em “moeda corrente do País, contada e achada certa”, como diz a escritura que oficializou o negócio, fica na Rua Itacuruçá, na Tijuca, e ainda pertence ao parlamentar.

A acusação contra Carluxo se junta a uma revelação feita ontem por jornalistas da Folha de S. Paulo. De acordo com o diário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos fizeram sucessivas doações em dinheiro vivo para irrigar suas campanhas eleitorais de 2008 a 2014. No total, foram injetados R$ 100 mil em espécie nesse período – valores que chegam a R$ 163 mil corrigidos.

A prática funcionou por meio de autodoações em dinheiro vivo e de depósitos em espécie feitos por um membro da família em favor de outro. Em duas candidaturas do clã, a utilização de cédulas foi responsável por cerca de 60% da arrecadação da campanha.

Investigados por supostamente se apropriar dos salários de funcionários “fantasmas” na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa do Rio ao implantar o esquema de ‘rachadinha’, sobre Carlos e o ex-deputado estadual e atualmente senador, Flávio Bolsonaro, pesam suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.