‘Corrupção a perder de vista’, diz deputado sobre crimes de Bolsonaros

Desta vez, o MP-RJ apontou que 11 pessoas, suspeitas de agir como funcionários fantasmas, teriam recebido R$7 milhões no gabinete de Carlos Bolsonaro

(Foto: Flickr/FotosBolsonaro)

“Corrupção a perder de vista nesses Bolsonaros”. Foi assim que o vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA), resumiu neste sábado (5) a informação divulgada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre mais uma suspeita de crime envolvendo integrantes do clã Bolsonaro.

Desta vez, o órgão apontou que 11 pessoas, suspeitas de agir como funcionários fantasmas, teriam recebido a quantia de R$7 milhões no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O valor, que não foi atualizado para os dias de hoje, é mencionado em um ofício que integra a investigação que tem como alvo o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O documento foi divulgado pela Globo News, na última sexta-feira (4).

R$ 1,5 milhão

De acordo com a investigação do MP-RJ, o servidor que recebeu o maior valor em salários foi Guilherme Hudson. O montante chegou a quase R$ 1,5 milhão em 10 anos. Ele dirigia todos os dias até outra cidade para levar a esposa para estudar, num total de 5 horas de ida e volta.

O MP apura a que horas ele cumpria as obrigações como servidor. Em depoimento, ele disse que sua função era de assessoria jurídica e fazia análise da constitucionalidade de projetos de lei apresentados.

No entanto, ele afirma ter “trocado pouquíssimos e-mails” com o chefe Carlos Bolsonaro em uma década e que “não tem nenhum documento guardado” do tempo em que foi funcionário.

Guilherme Hudson assumiu o cargo de chefe de gabinete que antes era ocupado pela prima, Ana Cristina Siqueira Valle. Ela é ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Com informações do G1