Márcio Jerry homenageia Sálvio Dino na Câmara dos Deputados

Ex-deputado estadual maranhense Sálvio Dino, pai do governador Flávio Dino, morreu vítima do novo coronavírus

Durante sessão na Câmara na terça-feira (1º), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) homenageou o ex-deputado estadual maranhense Sálvio Dino, pai do governador Flávio Dino (PCdoB), que morreu no último dia 24 de agosto por complicações causadas pelo coronavírus.

“Deixamos nos Anais da Casa o registro da presença muito iluminada do Sr. Sálvio Dino na literatura e na política do Maranhão, rendendo a ele as nossas homenagens. E, uma vez mais, levamos o nosso abraço fraterno ao nosso companheiro Flávio Dino, ao Nicolao Dino, ao Sálvio Dino Júnior e ao Saulo Dino, filhos do nosso saudoso companheiro e amigo Sálvio Dino, a quem nós homenageamos nesta sessão”, disse o parlamentar.

Márcio Jerry lembrou ainda que Sálvio Dino foi vereador em São Luís “ainda muito jovem, aos vinte e poucos anos de idade”, e teve o mandato de deputado estadual cassado em 1964 pela ditadura militar, acusado de ser “comunista”.

“Décadas depois, Sálvio teve a alegria de ver seu filho Flávio Dino ser deputado federal e governador pelo Partido Comunista do Brasil”, comentou.

Carreira política e literária

Advogado formado pela Faculdade de Direito de São Luís, Sálvio Dino foi eleito vereador na capital maranhense em 1954 e deputado estadual em 1962, interrompido pelo golpe de 1964. De volta à cena política em 1974, conseguiu ser reeleito na Assembleia Legislativa do Maranhão.

No Executivo, Sálvio foi prefeito da cidade de João Lisboa (MA) em 1988, cargo que ocuparia novamente em 1996. Como escritor, dedicou-se as particularidades do seu estado, como o rio Tocantins e a cidade de Grajaú, onde nasceu em 1932.

Em 1999, tornou-se membro da Academia Maranhense de Letras. Seu último livro foi “A Coluna Prestes e Exilar-se – Passagem pelo sul-maranhense”, no qual narra o percurso do revolucionário Luís Carlos Prestes, em 1925, pelo sul do Maranhão, com seu movimento contra o governo oligárquico chefiado na época pelo então presidente Artur Bernardes.