‘Confissão de culpa’: diz deputado após ataque de Bolsonaro a repórter

Para Márcio Jerry, desequilíbrio de Bolsonaro diante de questionamentos sobre Fabrício Queiroz é uma ‘confissão de culpa’ do presidente sobre seus crimes

(Foto: Foto: Alan Santos/PR)

Vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA) afirmou que o desequilíbrio de Jair Bolsonaro (sem partido) diante de questionamentos relacionados às denúncias que ligam sua família ao ex-assessor Fabrício Queiroz é uma ‘confissão de culpa’ do presidente sobre seus crimes e que o caso precisa ser levado à Justiça.

Na tarde do domingo (23), após ser perguntado sobre os depósitos feitos Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente afirmou que tinha vontade de encher a boca de uma repórter de ‘porrada’.

“Bolsonaro mostra total desequilíbrio quando o assunto é a relação dele e familiares com Queiroz e milicianos. Uma espécie de confissão de culpa!”, disse o parlamentar maranhense. “Não é a boca da repórter do Globo que Bolsonaro quer encher de porrada; mas de toda a imprensa, de quem o incomode. Um ser violento, psicopata e covarde, eis quem hoje ocupa a Presidência. Esta ameaça é criminosa, atenta contra o cargo que exerce. Por isso ,requer acionamento da Justiça”, disse o deputado.

Novo ataque de Bolsonaro

Durante visita à Catedral de Brasília, Bolsonaro foi perguntado por um repórter do jornal O Globo sobre o motivo dos depósitos feitos a Michelle. Em resposta, o mandatário afirmou: “A vontade que eu tenho é de encher sua boca de porrada”.

Após a ameaça, jornalistas perguntaram se a afirmação do presidente era direcionada para toda imprensa ou apenas para a repórter que fez a pergunta. “Isso é uma ameaça presidente?”. Ele, no entanto, não respondeu.

A informação sobre os depósitos feitos por Queiroz foi revelada pela revista Crusoé no último dia 7 de agosto. De acordo com a reportagem, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), primogênito entre os filhos do presidente, fez depósitos que totalizam R$ 89 mil entre 2011 e 2016 na conta da primeira-dama.

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