Flávio Dino diz que crescimento de Bolsonaro não é sustentável

Ao comentar a pesquisa Datafolha, o governador diz que os números apresentados não apresentam consistência e diz que o campo progressista precisa apresentar alternativas para a população

O governador do Maranhão, Flávio Dino - Foto: Divulgação

Pesquisa Datafolha revelou melhores índices de aprovação de Bolsonaro em relação aos levantamentos anteriores. Segundo o instituto, 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% que o achavam na pesquisa anterior, feita em 23 e 24 de junho.

Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), os números não apresentam consistência e conclama o campo progressistas a propor alternativas para a população.

“O ligeiro crescimento da popularidade de Bolsonaro não é sustentável, em face das muitas contradições que se acumulam na sua casa e nos palácios. Questão central para o campo progressista continua a ser gerar alternativa clara, viável e conectada com as necessidades da população”, escreveu o governador no Twitter.

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Um comentario para "Flávio Dino diz que crescimento de Bolsonaro não é sustentável"

  1. Darcy Brasil Rodrigues da Silva disse:

    Tenho que discordar dessa concepção, da mesma forma que um dia discordei dos que consideravam que a liderança nas pesquisas na corrida presidencial de 2018 assumida por Bolsonaro, se não me engano, por volta de maio de 2018, não seria sustentável a partir do início da campanha presidencial. Naquele período, minha intuição política – informada pela percepção da presença agressiva dos bolsonaristas nas redes sociais, somada à uma impressionante hostilidade ao PT que passei a conhecer na cidade do Sul de Minas em que eu morava, com grande presença de militares do exército, ruralistas, maçons e igrejas pentecostais – me fez ter a convicção da ameaça fsscista que pairava no ar. A partir de então, passei a defender a candidatura de Ciro como sendo a única alternativa para impedir a vitoria do fascismo que se anunciava naquela eleição. Sugeri, inclusive, que Bolsonaro poderia não participar dos debates, valendo-se apenas de sua campanha nas redes sociais, antes mesmo da facada que lhe serviu de argumento para justificar sua não participação. Em minha opinião, o bolsonarismo sabe que essa virada nas pesquisas é fruto de um sentimento de gratidão por conta do auxilio emergencial, sentimento que certamente está sendo cultivado e amplificado pela ação das igrejas evangélicas controladas pela direita nas comunidades pobres e miseráveis onde elas figuram sem oposição. A necessidade de manter políticas compensatórias com viés paternalista e eleitoreiro já foi percebida pelos intelectuais orgânicos do bolsonarismo, disto, talvez, decorrendo os atritos com Paulo Guedes. Esses programas têm custo baixíssimo face ao “lucro” politico que produzem em um país marcado pela alienação política de grande parcela de necessitados e desesperados. A possível reeleição de Bolsonaro em 2022 o credenciaria para liderar um golpe de estado com significativo apoio popular. O programa “Renda Brasil” tende a prolongar o sentimento de gratidão que se produziu com o auxílio emergencial, estabelecendo uma perigosa articulação entre o populismo, o fascismo, as milícias e as religiões ópio do povo, fundadas pelos pastores vigaristas neopentecostais. Sem uma Frente Super Ampla, centrada no objetivo de afastar Bolsonaro do Palácio do Planalto, corremos o risco de ingressar em um regime de exceção comandado por criminosos milicianos. O bolsonarismo é uma política de massas extremamente competente, cansada de surpreender uma esquerda que parece desconhecer o novo país que se produziu a partir de 2013.

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