Maia: É preciso discutir soluções para uma renda mínima permanente

Presidente da Câmara afirmou em live que está buscando soluções com especialistas e que é preciso garantir mobilidade social.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia - Foto: Cleia Viana/Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (23) que que é preciso encontrar saídas para a criação de uma renda mínima permanente para a população mais vulnerável. Maia disse que tem buscado soluções com especialistas, como, por exemplo, a melhoria dos valores do programa Bolsa Família e a utilização do cadastro único das prefeituras. Ele deu as declarações durante live da Câmara de Comércio França-Brasil.

Segundo o presidente da Câmara, o parlamento pode prorrogar por mais dois ou três meses o auxílio emergencial de R$ 600, mas disse que transformar esse valor de forma permanente não é viável.

Nesta segunda (22), o Vermelho publicou matéria mostrando que avançam as discussões no Congresso Nacional para a implementação de uma renda básica universal.

“O grande problema é o foco da política social: como garantimos a mobilidade social e quais são as vulnerabilidades sociais? Não é só a renda, temos outros problemas: saneamento, saúde, qualidade da educação que justificam a melhoria para a pessoa que está abaixo da linha da pobreza. Não é só a transferência da renda. Precisamos de um programa de governo para melhorar todas as vulnerabilidades dos mais pobres do Brasil, mas a renda de R$ 600 de forma permanente é inviável. Precisamos sentar e encontrar uma renda mínima permanente com base no cadastro único”, afirmou Rodrigo Maia durante a live.

O presidente da Câmara disse ainda que a renda mínima permanente, por meio do cadastro único, pode evitar que sejam beneficiadas as pessoas que receberam o auxílio emergencial sem precisar. Segundo ele, o governo federal organizou mal o cadastro para o acesso aos R$ 600.

“Estamos vendo aparecer muitas pessoas recebendo sem precisar. O governo precisaria pensar em um pente fino do cadastro, ver o que tem de excesso. O cadastro foi mal organizado porque o governo quis fazer sozinho e gerou confusão, mas devemos pensar, sim, em políticas de renda permanente”, disse.

Com informações da Agência Câmara

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