China e Vietnã devem crescer em 2020 mesmo sob pandemia

Segundo o Banco Mundial, a economia global vai despencar 5,2% neste ano, mas a China crescerá 1%, enquanto a alta do Vietnã será de 2,8%

Na contramão do mundo – que sofrerá uma recessão recorde –, Vietnã e China devem registrar crescimento de seus PIB (Produtos Internos Brutos) em 2020. É o que aponta o Banco Mundial, após revisar, nesta semana, suas previsões para o ano à luz da pandemia de Covid-19. Sob a liderança de Partidos Comunistas, as duas nações asiáticas foram reconhecidas pela ONU pelo combate exemplar à crise do novo coronavírus – o que impedirá que suas economias entrem em recessão.

Segundo o Banco Mundial, a economia global vai despencar 5,2% neste ano. É mais que o dobro da recessão registrado no Planeta sob a crise capitalista de 2008, numa evidência do impacto da pandemia em todos os continentes. As economias chinesa e vietnamitas também foram atingidas – mas o planejamento estatal, sob a liderança comunista e com foco na preservação de vidas, garantiu um enfrentamento melhor à crise.

As projeções do Banco Mundial apontam que a China crescerá 1% em 2020, enquanto a alta do Vietnã será ainda maior: 2,8%. É graças às duas nações que a região do Leste da Ásia e do Pacífico deve ser a única do Planeta a apresentar crescimento (de 0,5%) neste ano. Outros dois países da região devem crescer: Laos (+1%) e Mianmar (+1,5%).

Em relatório recente, o Banco Mundial alertou que a pandemia de covid-19 vai provocar a mais ampla turbulência econômica global desde 1870 – o que ameaça desencadear um aumento dramático nos níveis de pobreza em todo o mundo. Para o Brasil, por exemplo, a previsão é de queda de 8% – a segunda pior na América do Sul.

Apenas 30 economias tendem a ter algum crescimento, a despeito da crise. A maioria delas é de países da chamada África Subsaariana. Apesar da dependência das exportações de commodities industriais (metais, minerais e petróleo), são nações normalmente menos integradas ao comércio global e mais dependentes da agricultura.

“Os poucos mercados emergentes e economias em desenvolvimento que devem evitar contrações na atividade econômica neste ano tendem a ser menos abertos, mais agrícolas e menos dependentes do setor de serviços”, dizem os economistas do Banco Mundial responsáveis pelo relatório Perspectivas Econômicas Mundiais. Segundo eles, essa condição ajudará os países africanos a se isolarem “parcialmente dos graves efeitos globais da queda da demanda externa”.

Com informações da BBC

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