Fim do auxílio emergencial levará mais 7 milhões de brasileiros para a pobreza

A previsão é do Banco Mundial, que projeta uma queda de 8% no PIB do Brasil. Para a instituição, sem as medidas de proteção social o total de brasileiros pobres pode saltar de 41,8 milhões, em 2019, para 48,8 milhões, em 2020

(Foto: Agência Brasil)

O Banco Mundial refez sua projeção para Brasil este ano. Segundo a instituição, a contração na economia será de 8% e não de 5% que havia previsto em abril, após o agravamento inicial da pandemia. Como consequência, sete milhões de brasileiros podem ser empurrados para a pobreza neste ano.

Isso se os mecanismos de transferência de renda emergencial adotados pelo governo não atingirem os mais vulneráveis ou forem suspensos antes de terminados os efeitos da Covid-19.

Pelas contas do Banco Mundial, sem as medidas de proteção implementadas pelo governo federal, o total de brasileiros pobres pode saltar de 41,8 milhões, em 2019, para 48,8 milhões (cerca de 23% da população), em 2020.

O novo número representa uma virada de 10 pontos percentuais em relação aos 2% de crescimento esperados para o país no início deste ano.

Com o distanciamento social imposto pelo coronavírus, a reversão econômica brutal atingiu principalmente os trabalhadores informais e autônomos, trazendo consigo o risco de uma explosão da pobreza.

Esse cálculo considera as pessoas que vivem com menos de US$ 5,50 por dia em países de renda média alta como o Brasil, o que implica privações econômicas significativas.

Com o distanciamento social imposto pelo coronavírus, a reversão econômica brutal atingiu principalmente os trabalhadores informais e autônomos, trazendo consigo o risco de uma explosão da pobreza.

Esse cálculo considera as pessoas que vivem com menos de US$ 5,50 por dia em países de renda média alta como o Brasil, o que implica privações econômicas significativas.

Auxílio de 300

O valor mensal do auxílio emergencial de R$ 600 deve ser reduzido para R$ 300 com prorrogação do benefício por dois meses. Este é o número defendido pelo governo de Jair Bolsonaro, especialmente pela equipe econômica de Paulo Guedes.

Jair Bolsonaro confirmou que haveria prorrogação do pagamento por dois meses, mas não falou em valores. Segundo apuração de bastidores, no entanto, o valor de R$ 300 ganhou força nos cálculos do governo porque representa um meio termo entre as propostas que buscam garantir o pagamento do auxílio emergencial por mais um tempo, mas de forma que pese menos para os cofres públicos.

A equipe econômica também descarta prorrogação permanente, com a instituição de um programa de renda básica, pois considera o pagamento do auxílio de R$ 600 “caro”. O Ministério da Economia argumenta que o programa custa R$ 50 bilhões por mês, mais que o dobro do custo anual do Bolsa Família. Concordou com a prorrogação apenas para que o programa não termine de forma abrupta, no momento em que os trabalhadores ainda estão saindo da crise causada pela pandemia.


Com informações da Folha

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