350 cidades dos EUA tiveram ato antirracismo; toque de recolher avança

Com a onda de repressão, ao menos 4.400 manifestantes foram presos e ao menos seis pessoas já morreram nos atos

Os Estados Unidos tiveram o oitavo dia de protestos contra o racismo nesta terça-feira. A maioria dos atos foi pacífica e condenou o assassiato do ex-segurança negro George Floyd, em Minneapolis. O norte-americano, de 46 anos, foi asfixiado por um policial branco, que usou o joelho para pressionar o pescoço do suspeito, que já estava imobilizado, por quase 9 minutos.

As manifestações desbancaram o noticiário sobre a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Pelo menos 350 cidades nos EUA tiveram atos nos últimos oito dias – caso de Nova York, Los Angeles, Minneapolis, Louisville, Filadélfia, Chicago e São Francisco. Com a onda de repressão, ao menos 4.400 manifestantes foram presos e ao menos seis pessoas já morreram nos atos.

Ao todo, 24 estados pediram intervenção da Guarda Nacional, como Califórnia, Colorado, Flórida, Geórgia, Massachusetts, Michigan, Minnesota, Nebraska, Ohio, Pensilvânia, Tennessee, Texas, Utah, Washington e Wisconsin. O toque de recolher foi decretado por pelo menos 35 regiões, entre elas Atlanta, Beverly Hills, Chicago e Nova York. Em Los Angeles, o protesto foi pacífico e contou a presença do prefeito Eric Garcetti.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu usar militares caso governadores não ajam contra o que chamou de “distúrbios”. A afirmação de Trump foi vista por manifestantes como provocação.

Os franceses também foram às ruas nesta terça, mesmo diante das normas restringindo reuniões com mais de dez pessoas. Bradavam palavras de ordem contra o racismo citando o caso de George Floyd e o do jovem francês Adama Traoré, morto sob custódia policial em 2016.

A polícia lançou gás lacrimogênio contra milhares em manifestação na capital, Paris. Depois de um ato pacífico de duas horas, alguns participantes atearam fogo em objetos e lançaram pedras contra os policiais. Com informações do Poder360

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *