Covid-19: Brasil passa de 250 mil casos confirmados

Foi o maior número registrados em 24 horas, desde o início da pandemia no país. O Brasil teve 674 novas mortes registradas nas últimas 24 horas e chegou a 16.792.

Enterro de vitima do novo coronavirus no cemiterio São Francisco Xavier no Caju na zona norte do Rio de Janeiro

O balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda(18), registrou 13.140 novos casos confirmados de covid-19, totalizando 254.220. Foi o maior número registrados em 24 horas, desde o início da pandemia no país. O resultado marcou um acréscimo de 5,4% em relação a ontem(17), quando o número de pessoas infectadas estava em 241.080.  

O Brasil teve 674 novas mortes registradas nas últimas 24 horas e chegou a 16.792. O resultado representou um aumento de 4,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 16.118 mil falecimentos por covid-19. A letalidade (número de mortes por quantidade de casos confirmados) ficou em 6,6% e a mortalidade (número de óbitos por quantidade da população) foi de 7,9%.

No mesmo dia em que o Brasil ultrapassou os 250 mil casos do novo coronavírus, a primeira coletiva técnica do Ministério da Saúde desde a saída de Nelson Teich foi comandada pelo secretário-executivo adjunto da pasta, Élcio Franco, e pelo secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário. Os dois alegaram que a ausência de um titular à frente do ministério não é um empecilho no combate à covid-19 e apontaram estados e municípios como responsáveis por adquirir equipamentos para tratar a doença.

Apesar da baixa testagem do Brasil, o Ministério da Saúde avalia que os mais de 250 mil diagnósticos de coronavírus e 16.792 óbitos são de baixa incidência se comparados a outros países. O Brasil é o terceiro país com mais notificações pela covid-19, atrás de Estados Unidos (1.506.732 casos) e Rússia (290.678 casos). Aqui, são cerca de 80 óbitos para cada milhão de habitantes pela covid-19. Ao atingir mais de 250 mil diagnósticos, o país ultrapassou o Reino Unido na lista (247.706 casos).

Do total de casos confirmados, 136.969 (54%) estão em acompanhamento e 100.459 (39,5%) foram recuperados. Há ainda 2.277 óbitos sendo analisados.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (4.823). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (2.852), Ceará (1.748), Pernambuco (1.640) e Amazonas (1.433).  

Além disso, foram registradas mortes no Pará (1.329), Maranhão (576), Bahia (312), Espírito Santo (302), Alagoas (221), Paraíba (207), Minas Gerais (161), Rio Grande do Norte (146), Rio Grande do Sul (144), Paraná (127), Amapá (127), Santa Catarina (85), Piauí (80), Rondônia (77), Goiás (73), Acre (67), Distrito Federal (66), Roraima (60), Sergipe (59), Tocantins (32), Mato Grosso (29)  e Mato Grosso do Sul (16).

Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (63.066), Rio de Janeiro (26.665), Ceará (26.363), Amazonas (20.913) e Pernambuco (20.094). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (14.734), Maranhão (13.238), Bahia (8.581), Espírito Santo (7.157) e Santa Catarina (5.175).

823 respiradores para 16 estados

A divulgação, com foco nas ações adotadas no combate à covid-19, ocorreu um dia após a pasta ser alvo de críticas do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). Em entrevista à Folha, ao observar que seu sucessor não completou 30 dias no cargo, Mandetta alegou que o ministério não apresentou nenhuma ação positiva no último mês.

O ex-ministro também criticou a “entrada de um número grande de militares” na pasta. Ele afirmou que a categoria possui um sistema de saúde próprio e, por isso, desconhece como funciona o SUS (Sistema Único de Saúde).

Até o momento, foram entregues 823 respiradores a 16 estados do país. As Unidades da Federação que mais receberam foram o Rio de Janeiro (150), Pará (130), Amazonas (120), Ceará (75), Pernambuco (50) e Amapá (45). Os números foram apresentados hoje pelo secretário executivo adjunto do Ministério da Saúde, Élcio franco, e o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, durante entrevista no Palácio do Planalto .

“É uma demanda extra ao ministério, que não tinha a expertise para aquisição de respiradores e EPIs, uma vez que era uma tarefa atribuída a estados e municípios. Estamos apenas reforçando, ajudando os estados e municípios no enfrentamento à covid”, declarou Franco.

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