EUA: Cerca de 25% dos trabalhadores já pediram algum tipo de benefício

A taxa de desemprego subiu para 14,7%. Isso representa um aumento de 10,3 pontos porcentuais em relação a março

Já chega a 36 milhões o número de trabalhadores nos Estados Unidos que pediram algum tipo de benefício social após perderem seus empregos. Isso corresponde a cerca de 25% da mão de obra do país. Somente na última semana, mais 2,9 milhões de pessoas aumentaram essa estatística.

A taxa de desemprego subiu para 14,7%. Isso representa um aumento de 10,3 pontos porcentuais em relação a março. Esta é a taxa de desemprego mais alta da série histórica – a pesquisa é feita desde 1948.

Para o presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, o total de desempregados pode ser uma subconta. Ele acredita que muitos que perderam seus empregos não puderam buscar ativamente um novo posto de trabalho devido à quarentena adotada em muitos estados para conter a proliferação do vírus.

A taxa de desemprego real, que inclui trabalhadores que não procuram emprego e subempregados, subiu para 22,8%. E essa pode ser uma imagem mais precisa da situação atual.

Já para o Goldman Sachs, o desemprego deve bater os 25%, com retomada bastante lenta. A previsão é de taxa de desemprego próxima a 10% até o final do ano. Antes da crise, em fevereiro, o desemprego alcançava um mínimo histórico de 3,5%.

O número de mortes em decorrência do novo coronavírus nos Estados Unidos subiu para 83.947, de acordo com a atualização desta quinta-feira (14). O número de casos confirmados atingiu 1.384.930. Nas últimas 24 horas, foram 1.701 novas mortes causadas pela covid-19 no país, um crescimento de 2%.

O Estado de Nova York é o que registra o maior número de casos oficiais da covid-19 nos Estados Unidos, com um total de 338.617, seguido por Nova Jersey (141.560 casos) e Illinois (84.698 casos). Considerados os casos oficiais e as mortes, a taxa de letalidade da covid-19 nos Estados Unidos é de 6%.

Tradução e edição: Fernando Damasceno