Cuba ainda espera resposta sobre o ataque a sua Embaixada nos EUA

Segundo o presidente Miguel Díaz-Cane, o povo de seu país não se esquece do histórico de terrorismo contra o corpo diplomático cubano desde o advento da Revolução, em 1959.

O governo de Cuba reiterou nesta segunda-feira (11) que ainda espera uma resposta dos Estados Unidos pelos recentes ataques contra sua Embaixada em Washington. Segundo publicação do presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter, o povo de seu país não se esquece do histórico de terrorismo contra o corpo diplomático cubano desde o advento da Revolução, em 1959.

A respeito desse tema, o embaixador de Cuba nos EUA, José Ramón Cabañas disse que a história é testemunha desses atos. “Se nós pegarmos as datas em que fatos semelhantes ocorreram no passado e as relaciona com o estado da relação bilateral entre os dois países, verá que os ataques contra nossas sedes sempre ocorreram em momentos de maior hostilidade dos Estados Unidos em relação aos cubanos”, afirmou.

Nesse sentido, Cabañas entende que aqueles que atacaram a Embaixada não apenas se veem politicamente motivados, mas também “sentem que vivem o momento propício e podem contar com certa imunidade”, disse o embaixador, criticando a política de Donald Trump.

No último dia 30 de abril, um indivíduo disparou uma arma de fogo contra o edifício da Embaixada de Cuba na capital dos EUA, sem dano para os funcionários cubanos, mas com consequências materiais para a sede diplomática.

Diante de tal fato, o ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, declarou que seu país esperava pelas devidas investigações por parte das autoridades estadunidenses. Ele chegou a criticar publicamente na semana passada o silêncio do Departamento de Estado dos EUA sobre o fato.

Tradução e edição: Fernando Damasceno