Marx, o grande lutador pela liberdade

Karl Marx nasceu em 5 de maio de 1818. 202 anos depois, sem pensamento continua vivo e ilumina a luta anticapitalista e pela libertação da humanidade

Ilustração: Olavo Costa

No dia 5 de maio de 1818 nasceu, em Tréveris, na Prússia (Alemanha), o terceiro dos nove filhos do casal Henriette Pressburg e Heinrich Marx, uma família recém convertida ao luteranismo para escapar das restrições que existiam contra aqueles de ascendência judaica.

O menino recebeu o nome de Karl Heinrich Marx – que viria a ser, depois de adulto, o militante, dirigente e pensador que mudaria e faria avançar os rumos da luta social do proletariado, da luta política e revolucionária pelo avanço da humanidade, tudo isso orientado pelo pensamento materialista e dialético fundado por ele.

Seus interesses como pensador podem ser resumidos no verso do poeta latino Terêncio, que citou em resposta a um questionário apresentado por uma de suas filhas adolescentes: “Nada do que é humano me é estranho”.

Definiu dessa maneira o amplo leque de temas que seriam estudados por ele ao longo da vida – filosofia, política economia, sociedade, história, artes, literatura, poesia – a extensa lista dos assuntos humanos.

Tudo isso enfeixado na preocupação central de compreender a vida humana, a ação prática e suas consequências – praxis definida em essência como o trabalho – na luta contra todas as formas de opressão, para libertar os homens e as mulheres de toda opressão, na evolução para a libertação da humanidade – como apresentou sobretudo em sua obra principal, “O Capital”.

Luta na qual, sob o capitalismo, o proletariado tem papel central por representar, como a classe oprimida pela burguesia, nas relações de trabalho e na sociedade, a força capaz de romper com a situação atual de opressão e liberar toda a humanidade, tornando possível a todos os seres humanos alcançarem a plenitude de suas potencialidades.

No pensamento de Marx, o esforço coletivo, social, levará ao fim do império da necessidade, abrindo à humanidade o reino da liberdade.

Nessas condições, Karl Marx – que teria completado 202 anos em 5 de maio – se tornou o grande e genial teórico da revolução proletária e socialista que marca a história da humanidade desde meados do século 19 – o grande pensador da revolução, desde os levantes populares na Europa em 1848 (ano da publicação de uma de suas grandes obras políticas, o “Manifesto do Partido Comunista”), a Comuna de Paris (1871), até as históricas revoluções do século 20 (inicialmente a Revolução Russa de 1917).

Seu pensamento continua vivo e atuante, orientando a resistência anticapitalista, revolucionária e socialista nestas décadas iniciais do século 21.

Seu grande amigo e colaborador – cofundador do materialismo moderno – Friedrich Engels, definiu-o, no discurso que pronunciou ante sua tumba, em 17 de março de 1883, dizendo que Marx foi, “antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da sociedade capitalista e das instituições estatais por esta suscitadas, contribuir para a libertação do proletariado moderno, que ele foi o primeiro a tornar consciente de sua posição e de suas necessidades, consciente das condições de sua emancipação. A luta era seu elemento.”

Engels acertou nessa definição – Marx nunca deixou de seu um lutador pela libertação do proletariado e da humanidade das amarras da opressão.

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