Maranhão comemora adesão da população e comércio ao isolamento total

“Estamos vendo uma adesão espontânea da imensa maioria da sociedade, além de termos tido efetividade nos pontos de fiscalização e controle”, disse o governador Flávio Dino

Circulação de trabalhadores só com declaração (Foto: Jeferson Stader)

O governo do Maranhão calcula que cerca de 90% dos estabelecimentos comerciais da capital São Luís permaneceram fechados nesta terça-feira (5) em respeito ao primeiro dia de “lockdow” ou isolamento total na cidade.

O resultado foi comemorado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).  Pela manhã, o governador fez um balanço das primeiras horas de lockdown na Ilha: “Estamos vendo uma adesão espontânea da imensa maioria da sociedade, além de termos tido efetividade nos pontos de fiscalização e controle”.

Ele também destacou o papel dos bombeiros militares e civis, que estão organizando as filas da Caixa Econômica Federal, a fim de evitar aglomerações.

“Estamos obtendo êxito na organização das filas. A situação anterior era absurda, por lamentável falta de planejamento do Governo Federal”, disse Flávio.

O lockdown foi pedido pelo Ministério Público, concedido pela Justiça e acatado pelo Governo do Maranhão, que pôs em prática diversas medidas. Elas valem até o dia 14, somente na Ilha de São Luís.

O objetivo é reduzir a curva de contágio do coronavírus, cujos casos estão concentrados na Região Metropolitana.

À coluna Painel da Folha de S.Paulo, o secretário de Indústria e Comércio do Maranhão, Simplício Araújo, disse afirmou que o isolamento total partiu de um entendimento com toda a sociedade.

“Tivemos alguns dias para debater com a classe empresarial, fizemos reuniões com indústrias, supermercados, atacados e também com associações comerciais. Existe adesão por parte da população e bastante fiscalização com Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil, nos principais bairros”, disse.

Bloqueio

Para ajudar a reduzir a circulação e induzir o cumprimento as regras do decreto acerca do lockdown, foram montados 50 pontos de bloqueio em diversas partes da Ilha. Policiais militares e outros profissionais ajudam na operação.

Nesses bloqueios, só pôde passar quem preenchia os requisitos estabelecidos pelos decretos. Entre eles, profissionais de saúde a trabalho, funcionários e servidores de serviços essenciais e caminhões de carga.

Os trabalhadores de serviços essenciais tiveram que mostrar a Declaração de Serviço Essencial, fornecida pelas empresas. O modelo está disponível nos canais oficiais do Governo do Estado.

O documento tem que estar em papel timbrado. Os trabalhadores devem andar com o original. Cópias não são aceitas.

“São centenas de declarações sendo apresentadas às guarnições. Estamos observando que as pessoas atenderam ao chamado das autoridades sanitárias e houve diminuição significativa de circulação de pessoas tanto a pé quanto em veículos”, afirmou o coronel Pedro Ribeiro, comandante da Polícia Militar do Maranhão.

No caso dos caminhões de carga, a circulação foi liberada para abastecer os mercados, que continuam abertos. O mesmo acontece com feiras, hospitais e farmácias, por exemplo.

Com informações da Agência de Notícias do Maranhão

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