Peru: Pandemia gera motim nas prisões do país e deixa 9 mortos

Presos queimaram colchões e fizeram cartazes com pedidos por liberdade, com medo de contrair a doença.

Nove detentos morreram e mais de 60 ficaram feridos nesta terça-feira (28), durante um motim realizado num presídio na cidade de Lima (Peru), devido à disseminação do novo coronavírus entre os prisioneiros.

O motim ocorreu no dia seguinte à morte de um dos internos por coronavírus. Os presos queimaram colchões e fizeram cartazes com pedidos por liberdade, com medo de contrair a doença. O presídio de Castro, onde ocorreu a rebelião, abriga 5,5 mil detentos, embora tenha capacidade para 1.140.

Os detentos do presídio de Lurigancho, o mais populoso do país, no norte de Lima, também protestaram nesta terça-feira por medidas de proteção contra à Covid-19. Os detentos seguravam cartazes com pedidos de socorro. “Estamos morrendo. Não nos deixem morrer infectados, precisamos de remédios”, dizia um deles.

Segundo dados do governo, 30 presos já faleceram no país durante a pandemia. Mais de 600 estariam infectados. As péssimas condições internas vêm facilitando a disseminação do vírus. Há vítimas também entre os agentes penitenciários (sete mortes, 224 infectados, de acordo com os números oficiais).

No Peru, até esta quarta-feira há 33.931 casos confirmados de Covid-19 entre a população, com 943 mortos.

Com informações de agências