Covid-19: EUA superam marca de 50 mil mortos e 800 mil contaminações

O número de vítimas da epidemia de coronavírus nos Estados Unidos ultrapassou a marca de 50.000 nesta sexta-feira (24), depois de dobrar em dez dias, segundo dados compilados por agências.

O número de vítimas da epidemia de coronavírus nos Estados Unidos ultrapassou a marca de 50.000 nesta sexta-feira (24), depois de dobrar em dez dias, segundo dados compilados por agências. O presidente norte-americano, Donald Trump, promulgou um novo pacote de ajuda de quase US$ 500 bilhões para dar apoio à economia.

Três meses após o primeiro caso confirmado do país, o vírus altamente contagioso matou a um ritmo alarmante: apenas 10 dias atrás, o número de mortes registradas era de 25.000. Cerca de 875.000 americanos foram infectados com o SARS-CoV-2 e, em média, desde o início do mês, o número de mortos é de mais de 2.000 por dia.

Quase 4,7 milhões de testes foram realizados no país, segundo o instituto Johns Hopkins, cujos números são atualizados continuamente. Ainda assim, há desconfianças de subnotificação em vários estados. O Worldometer compilou 51.139 mortos e 906.216 casos.

Em meio a um debate nacional sobre como contar os mortos, os métodos variaram amplamente de estado para estado. E os Centros de Controle e Prevenção de Doenças inicialmente incluíram apenas aqueles que deram positivo para o vírus, mesmo com limitações estritas nos testes.

Das 50.024 mortes confirmadas na sexta-feira, 21.283 – ou cerca de 42% – ocorreram em Nova York. Mas enquanto o estado começou a ver uma diminuição em sua contagem diária confirmada de mortes, outras partes do país estão começando a sofrer um aumento.

Mesmo que os governadores de vários estados estimulassem as ordens de ficar em casa e adotassem outras medidas para reiniciar suas economias frustradas, a rápida disseminação da doença nas áreas urbanas e rurais levou a mais de 28.000 mortes fora do epicentro de Nova York. O segundo maior número de mortos foi registrado em Nova Jersey, seguido por Michigan, Massachusetts e Illinois.

Todos os estados registraram fatalidades, com grupos de casos aparecendo em casas de repouso, instalações correcionais e outros locais espalhados por todo o país.

Nos EUA, acredita-se que as primeiras fatalidades tenham ocorrido no final de fevereiro em Kirkland, Washington, um subúrbio de Seattle que se tornou o primeiro ponto quente do país. Mas nesta semana, as autoridades de saúde da Califórnia disseram que pelo menos duas pessoas que morreram no início e meados de fevereiro foram descobertas por terem contraído o coronavírus – uma revelação que sugere que ele pode ter se espalhado semanas não detectadas antes do que se pensava.

Muitas vítimas do vírus não são conhecidas publicamente: as autoridades de saúde de alguns estados divulgam uma faixa etária e de gênero; outros não divulgam informações demográficas, deixando esses relatórios em condados.

Há estados em que as autoridades de saúde têm capacidades limitadas de rastreamento dos casos e das mortes em casa, e essas não são levadas em consideração com frequência.

O estado de Nova York, com cerca de 40% das mortes registradas, é o principal foco da epidemia nos Estados Unidos. Em seguida, vêm Nova Jersey, Michigan e Massachusetts. Em relação à população, a mortalidade por coronavírus é de 1,5 por 10.000 habitantes.

A Bélgica é apresentada como o país com a maior mortalidade relativa no mundo, com mais de cinco mortes por 10.000 habitantes.

Novo pacote de ajuda

Na quinta-feira (23), o Congresso dos Estados Unidos adotou um novo plano para ajudar a economia e os hospitais a lidar com a pandemia. 26 milhões de pessoas se registraram como desempregados no país, onde acontece um acalorado debate sobre a quarentena.

O presidente norte-americano, Donald Trump, promulgou um novo pacote de ajuda de quase US$ 500 bilhões nesta sexta-feira para apoiar a economia afetada pelas restrições impostas pela epidemia de coronavírus.

“São boas notícias para pequenas empresas e boas notícias para trabalhadores”, disse ele durante uma cerimônia de assinatura no Salão Oval da Casa Branca, no dia seguinte ao texto adotado pelo Congresso.

Este novo plano de assistência de US$ 483 bilhões destina-se a apoiar empresas, mas também hospitais norte-americanos que, diante da pandemia, tiveram que adiar certas operações e serviços não prioritários e, assim, privam-se de uma renda significativa.

O plano inclui precisamente US$ 320 bilhões para pequenas e médias empresas, US$ 60 bilhões em empréstimos para outras áreas, como a agricultura, US$ 75 bilhões em ajuda hospitalar e US$ 25 bilhões para aumentar os testes de coronavírus.