Deputado repudia práticas de clã Bolsonaro e convoca povo às ruas

Parlamentar afirmou que a denúncia contra Eduardo é mais um motivo para que o povo vá às ruas do país nos próximos dias

Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) usou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (5) para repudiar aquilo que chamou de mais um capítulo no “roteiro de horrores” vivido pelo Brasil. Jerry fazia referência à revelação do Portal UOL de que Eduardo Bolsonaro (sem partido), filho 03 do presidente Jair Bolsonaro, mantém em seu gabinete o registro de uma das páginas mais ativas de ataques a opositores do governo.

“Este é um fato de extrema gravidade porque mostra a forma desrespeitosa, que atenta contra democracia e as leis, com que muitos agem em nosso país hoje, certamente com a certeza da impunidade”, disse o parlamentar. Integrante da CPMI das Fake News, o parlamentar afirmou que a denúncia contra Eduardo é mais um motivo para que o povo vá às ruas do país para impedir que práticas ilegais voltem a ser vistas com naturalidade pelos brasileiros.

“Este é mais um episódio, entre tantos outros, que mostram o o quão urgente e necessário é a luta democrática. O povo certamente irá às ruas para dizer que defende a Constituição, para dizer que defende a democracia, que não concorda com o corte do Bolsa Família, com os cortes na saúde e na educação e que não concorda com os sacrifícios impostos ao povo, como na reforma da previdência, que disse que o Brasil entraria no paraíso e fecha-se o ano com o PIB do tamanho da competência do Governo, um ‘pibinho’”.

No Plenário, ele ainda recordou o manifesto publicado na última terça-feira (3), assinado por oito partidos da oposição, no qual as siglas alertam sobre a gravidade da situação política, econômica e social do país. Referindo-se aos diferentes episódios de afronta à Constituição e à democracia protagonizadas por Bolsonaro, representantes do PT, PSB, PDT, Psol, PCdoB, Rede, PV e Unidade Popular, têm convocado a população para os diferentes atos realizados neste mês de março.

Manifestações
Em todo o país já começam a circular convites para manifestações, lideradas por movimentos sociais, para os dias 8 e 9 de março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher; 14, relembrando os dois anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson; e 18 de março, em Defesa da Educação do Serviço Público.